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MEU CURRICULUM, MINHA HISTÓRIA PROFISSIONAL

MEU CURRICULUM, MINHA HISTÓRIA PROFISSIONAL
Siuvana De Souza Salomão
jul. 29 - 4 min de leitura
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Umas das frases que tocaram meu coração nesse módulo foi ouvir a Olinda dizendo que devemos ser gratos à todas as nossas atividades, desde a primeira, a que fazíamos ainda quando éramos crianças.

Somos em quatro irmãos nascidos, morávamos no sitio na infância,  sou a segunda. Minha irmã mais velha ia com minha mãe para a roça e eu ficava em casa com minha irmã mais nova e nosso irmão caçula. Na minha memória essa foi a minha primeira ocupação, cuidadora dos irmãos mais novos.

Além disso também cuidava da casa, do meu jeito, éramos tão pequenos.

Certa vez abri a torneira para lavar a louça do café da manhã, mas descobrimos o brinquedo mais divertido do planeta, uma gangorra feita com uma tábua e um botijão de gás, a louça não foi lavada e quando meus pais chegaram para almoçar a cozinha estava inundada.

Conforme ia crescendo as ocupações se expandiam, ajudava na lida da lavoura também, no cultivo de tomate e cebola, ainda me lembro do cheiro daquele tempo tão especial, estávamos sempre juntos.

Quando eu tinha dez anos nos mudamos de SC para o MS, passamos a morar na cidade. Com doze anos fui babá de um bebê com menos de um ano, hoje ele já é papai. Aprendi muito nessa época, tive bons empregadores, sou grata por terem confiado a vida do filho tão pequeno aos meus cuidados.

Pouco tempo depois minha mãe abriu uma loja, minha irmã mais velha era quem a ajudava e eu, quando não estava na escola, ficava em casa cuidando dos irmãos mais novos e das atividades da casa.

Uma época de Natal trabalhei de vendedora em uma loja, foi cansativo, mas muito legal, conheci muitas pessoas.

Com 18 anos vim morar em outra cidade, para fazer faculdade.  Durante o curso fiz estágio em um escritório de advocacia, lá fazia de tudo, peças processuais, café, limpeza, e também ajudava a advogada (que também minha professora) com as atividades relativas à função dela (lançava notas, olhava trabalhos, provas, etc).

Ela era uma mulher extremamente competente, escrevia como ninguém, me passava as tarefas e não explicava muito, eu tinha que me virar. Um tempo depois a minha chefe encontrou uma sócia, um doce de pessoa, com muita paciência, veio para equilibrar a relação e também me ensinou muito. Tenho grande admiração e gratidão por essas mulheres.

Sempre tive paixão pelo Direito e queria ser advogada, não servidora pública (esse era o desejo dos meus pais). Depois do estágio no escritório de advocacia fui trabalhar em outro escritório, dessa vez com um advogado, ele era um homem trabalhador, íntegro, com muito amor pelo que fazia, e também com muita paciência para ensinar. Com ele aprendi a trabalhar com o Direito Previdenciário.

Tenho muita gratidão por seus ensinamentos, embora tenhamos ficado pouco tempo juntos, ele faleceu menos de um ano depois.

Desde 2008 tenho meu próprio escritório, junto com meu marido, que também é advogado. Sou feliz e realizada servindo a vida com minha profissão.

E umas das coisas maravilhosas que o caminho sistêmico me mostrou foram as ordens da ajuda, o que deixou meu trabalho mais leve. Antes ajudava fora do meu lugar, como salvadora e não advogada.

Eu honro e agradeço todos os lugares que me acolheram, todas as pessoas que me ensinaram nesse caminho, todas as ocupações que tive, pois foi o que me trouxe até aqui.

#mod05

 

 

 

 

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