Eu sempre gostei da história da “Branca de Neve e os Sete Anões”. Em minha imaginação, eu era a própria Branca de Neve aguardando aquele beijo do príncipe encantado. Mas, somente quando parei para pensar sobre meu conto de fadas favorito que me ocorreu sua relação com o meu script de vida. O roteiro que seguimos sem pensar.
Kabooom! Tudo se fez claro!
Eu sempre quis um príncipe encantado que me resgatasse? Sim!
Queria que alguém me resgatasse das minhas dores, da minha covardia, da minha baixa autoestima, da minha depressão, mas esse alguém não chegou e eu continuei esperando. Casei, tive filhos, mas a postura diante da vida permaneceu daquela que aguardava a salvação.
Deitada num caixão de vidro, esperando, esperando...
Poxa! Eu não tinha ideia disso!
Mas havia mais em comum. Branca de Neve ficou sem os pais para protegê-la e excluída da família foi viver na floresta.
Eu sempre tive pai e mãe presentes, mas me sentia desprotegida, abandonada. Sei que carrego uma memória transgeracional da orfandade vivida pela minha mãe que ficou sem seus pais e precisou viver no sítio com sua avó.
Quantas fichas caíram aqui.
Que roteiro, hein?
Tenho consciência da minha jornada e sei que vou me curar de tudo isso. Mas, por enquanto, já resolvi escolher uma nova história para me inspirar porque não quero mais ser a Branca de Neve ou aquela que aguarda salvação.
Há alguns anos, assisti ao filme “Uma Mente Brilhante” e fiquei muito impressionada. Nessa história verídica, o personagem principal usa seu conhecimento para enxergar além daquilo que sua mente produz, ou seja, ele vê além da doença que atinge seu psiquismo. Inspiradora, não é?
Então, eu também quero enxergar além das aparências!
Troquei a história e também quero mudar meu roteiro de vida.
Que Deus me ajude!
#mod06