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AS NOITES ESCURAS DA ALMA

AS NOITES ESCURAS DA ALMA
Rozeli Pedrotti
jul. 16 - 3 min de leitura
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Esse módulo foi muito intenso desde a primeira aula. Foram diversos acontecimentos, muitos segredos revelados, e um grande aprendizado. Vou relatar a seguir.

Sou filha em uma família de 13 filhos por parte de pai e mãe, além disso tenho uma meia irmã por parte de pai também.

Ao começar a primeira aula, recebo uma ligação, sobre um dos meus irmãos, mais novo, que estava sendo internado em um hospital psiquiátrico; isso deixou a família em choque, e não bastando esse fato, soubemos no mesmo dia que esse meu irmão havia sido abusado diversas vezes quando criança.

Através dessa revelação, os demais irmãos começaram a abrir os seus maiores segredos em relação a abuso e dores tão escondidas ainda da família.

Isso nos uniu e sem exceção houve compaixão e acolhimento. Eu acredito que meus pais partiram desse plano sem saber de tudo que aconteceu com os filhos deles. E pelo que percebo através desse relato é que ainda assim vejo a minha fidelidade em defesa ao meu sistema familiar, pois sei que todos os abusos vieram de abusadores fora do nosso clã.

Mas vejo também que foi necessário vir à tona um caso muito grave, para que os demais conseguissem confiar uns nos outros e trazerem para o consciente coletivo familiar as suas mais diversas dores.

Lembrei da minha constelação, quando a Mestra Olinda falou em muitos segredos no meu sistema familiar, eles começaram a aparecer agora...

Pouco tempo depois desse fato inicial, meu filho do coração teve um surto, ele sentia e dizia abertamente que iria morrer, que trabalho dele já não fazia mais sentido. A diabete que antes parecia controlada, estava altíssima. A dor dele era tamanha, que parecia que ele estava se despedindo enquanto me passava senhas de cartões, valores que tinha em banco, enfim, foram momentos muito tensos.

Novamente quis ajudar de qualquer maneira, convenci ele que deveria procurar ajuda e ele aceitou marcar uma consulta com uma terapeuta holística uma única vez, depois da consulta não foi mais, e inclusive não se interessa por outras terapias.

Eu ainda não havia me convencido, e em casa, dava dicas, ouvia, e tentava de todas as maneiras ajudá-lo a sair da dor, pois eu sentia que o estava perdendo... Meu outro filho, ao me ver naquela situação, não se conteve e me disse: -Mãe, você só precisa ser mãe, não deve ser a terapeuta dele.  

Entendi o recado. Meu filho do coração estava passado pelas noites escuras da alma, eu e minha família também, todos estávamos no mesmo movimento. E que se eu continuasse a tentar tratá-lo como terapeuta o perderia, pois eu sou a mãe, esse era o meu único papel e que se eu não o fizesse, aí sim o perderia.

Concluo com a seguinte afirmação: “Só vemos aquilo que queremos ver.”

Gostaria de deixar uma dica: Documentário: “O Efeito Sombra”, assisti e recomendo!

Somente gratidão!

 

#MOD07

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