Eu não li o livro, mas li algumas passagens na internet sobre o conteúdo e a mensagem do livro “Noites Escuras da Alma, de Thomas Moore” e confesso que criei uma expectativa pela leitura.
Li um pequeno texto sobre o conteúdo do livro e me encantei com a mensagem que a “Nossa vida é repleta de escuridões emocionais – a perda de uma pessoa querida, o fim de um relacionamento, envelhecimento, doenças, problemas na vida profissional ou ainda uma permanente sensação de insatisfação.
A sociedade tende a analisar esses momentos em termos clínicos, como obstáculos a ser vencidos o mais rápido possível.”
Porque, sem ter a visão sistêmica, vamos buscar sempre ajuda médica, sem nunca imaginar que por traz de cada sintoma existe uma causa, queremos a cura imediata sem desejos de conhecer a causa.
Chego ao fim do Módulo 7 já fazendo algumas relações das fragilidades pessoais de algumas pessoas da minha família, entendendo, mesmo que superficialmente ainda, que traumas e memórias pessoais precisam de intervenções sistêmicas terapêuticas também, e até lamento por até hoje só conseguir buscar e “enxergar” ajuda clínica médica para os nossos sintomas.
Mas, como nunca é tarde e hoje busco mais conhecimentos pessoais através deste curso, já consigo ver habilidades em mim para olhar e ver alguns emaranhamentos impedindo algumas vias de cura.
Em relação a Má e a Boa culpa (Tema da Aula 6) eu tenho muito orgulho de ser a irmã mais velha, que inspira os mais novos, sinto esse respeito dos meus dois irmãos em relação a mim, e eu os amo tanto, mas tanto, que chega a me doer.
Mas, tenho sim uma má culpa em relação a um mal momento da minha irmã, ela passou por um momento emocional muito difícil. Ela estava casada há pouco tempo e ainda construindo sua vida financeira conjugal, e tentando exaustivamente ter um filho, e eu com mais tempo de casada já tinha construído algumas coisas de natureza material e tinha a maior riqueza da minha vida, que é o meu filho.
Em alguns momentos da fragilidade dela, eu sentia que ela se comparava muito a mim, falando coisas do tipo, “porque você conseguiu irmã e não consigo?” Eu tinha consciência de que ela inconscientemente carregava esse fardo de se comparar a mim.
A minha culpa é que mesmo eu sabendo deste incômodo inconsciente dela em relação ao que eu conquistava, eu mostrava as minhas conquistas, fragilizando-a ainda mais, até o momento dela ter uma recaída na depressão. Me sinto culpada por isso, não foi a minha intenção, mas me culpo!
Ela sofreu, lutou, conquistou e engravidou. Superou com maestria toda a sua dificuldade. Mas, a culpa eu carrego, sinto que sou culpada pela recaída dela. Fiz o que eu pude para ajudá-la depois disso com todo o meu amor, e ela renasceu, saiu da depressão, teve uma filha linda e cheia de saúde, avançou nos estudos e no sonho dela acadêmico, hoje ela é mãe, é uma pesquisadora e pós doutoranda.
A minha irmã é uma pessoa guerreira demais, e eu sinto uma má culpa em relação ao que ela passou, mesmo com a felicidade dela ter superado e hoje estar voando nos sonhos dela.
Enfim, este módulo me fez chorar do começo ao fim, completei lacunas (como disse a Irmã Neiva na Aula Bônus deste módulo) e posso dizer que constelei também enquanto estudava.
Sigo os meus estudos completamente encantada com tudo que está sendo me proporcionado em consolidação de conhecimento. Sinto que a mulher que mora em mim está muito mais feliz.
Gratidão!
#mod07