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ORDENS DA AJUDA

ORDENS DA AJUDA
Rozeli Pedrotti
jul. 25 - 6 min de leitura
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Na conclusão do curso, esse módulo trouxe-me a compreensão que somente os adultos ajudam. E para que eu possa ajudar, antes preciso tornar-me adulta, responsável pela minha vida, para que possa ajudar sem infringir nenhuma das leis. Tomar a vida e seguir com as minhas próprias pernas.

Ao analisar a minha história de vida, vejo que infringi as 5 ordens de ajuda, não conhecia essas leis, e vou detalhar um pouquinho sobre essas percepções.

Em alguns momentos ofereci as pessoas da minha convivência, entre eles: familiares ou amigos aquilo que eu não tinha; percebi que ao tentar animar o outro, a ser positiva, a ter um sorriso nos lábios quando queria chorar, eu não estava oferecendo o que de fato eu sou.

É como se eu pintasse um mundo colorido para deixar mais fácil o outro encontrar a saída. Mas eu mesma estava vendo o mundo em preto e branco. Isso mantinha essas relações superficiais. Oferecer o que eu não tinha, nos mais diversos aspectos, me deixava feliz, pois no fundo mesmo eu mascarando as minhas dores, eu via o que eu estava falando e me reanimava.

Uma outra grande percepção, foi compreender que nos meus mais diversos empregos, eu nunca quis trabalhar, eu somente queria um emprego que me trouxesse o sustento das minhas necessidades primárias.

Percebi que todo e qualquer trabalho significa para mim algo pesado, é como se eu estivesse presa a ele, e isso me deixava longe do amor que precisaria dedicar caso quisesse cumprir mais essa lei, que é fazer toda e qualquer coisa com amor e dedicação.  

Sempre que faço algo em relação a trabalho, quando não envolve dinheiro, ou seja, eu não estou cobrando é levíssimo, no entanto quando é por troca financeira, torna-se um fardo. Essa situação sempre me levou a começar a trabalhar e logo criar problemas e precisar sair, e isso ficou cada vez mais rápido, era frustrante, pois eu começava e logo perdia o emprego e nesses momentos o desgaste emocional é imenso para mim.

Por esse motivo, mesmo amando demais ser terapeuta, eu não sou ainda, justamente pelo motivo de isso se tornar trabalho; ao trazer para o consciente essa situação, já comecei meu processo de cura. O trabalho me dignifica, ter uma troca justa por ele é algo que acredito que possa alcançar.

Honrarei o trabalho, onde eu poderei me desenvolver e crescer com ele, amando tudo que eu construo com minhas mãos. Mais uma percepção da vida adulta.

“Pedir o que realmente preciso”, essa frase me trouxe um insight muito interessante: Eu preciso ser adulta, tomar a vida, ser responsável por minha existência. Mas o que eu sempre sonhei, e pedi em meus desejos mais profundos foi um companheiro com a vida financeira estável, onde eu pudesse fazer o que eu amo “Ser Terapeuta” sem a necessidade de depender do meu trabalho para viver.

Ou seja, aqui eu infringia duas regras que nesse momento se tornam claras. O companheiro, nada mais era que um salvador, que me tirasse da responsabilidade e troca com o meu trabalho.  Hoje entendi que enquanto eu não for a total responsável pela minha vida, estarei atraindo pessoas e situações iguais para mim, como foram as minhas ultimas relações, muito longe do que eu desejava. 

Aprendi mais essa lição e inclusive para marcá-la me comprometo a voltar a morar sozinha, criar a minha independência, esse vai ser o meu marco da vida adulta.

Ai sim, estarei pronta para encontrar um homem adulto que compartilhe comigo o amor em uma relação de troca.

“Tomar a realidade como ela é”, outra percepção que me trouxe à tona o quanto preciso aprender a ouvir. Geralmente, quando me relaciono com amigos, familiares ou até mesmo em atendimentos a minha primeira reação é em tirar a pessoa do sofrimento que a trouxe até a mim.

Quase nunca ouço a queixa completa, nem mesmo ouço, pois inclusive não tenho muita paciência com queixas, já saio resolvendo o que entendi sem muito perguntar e me interessar pelo outro. Aqui cabe salientar que preciso além de saber ouvir; como disse a mestra Olinda, - “Colocar a pessoa e tudo que a envolve em um bom lugar no meu coração”.

Sinto que isso é crucial para que eu me torne a pessoa que consegue ajudar o outro. Ouvir e ter empatia, essas são as tarefas claras dessa percepção.

Sinto internamente que para tudo que descrevi tornar-se realidade, primeiramente preciso colocar-me em um bom lugar no meu coração. Tudo começa por nós, sem eu me acolher, aceitar e cuidar, não serei a adulta responsável que consegue ouvir, ajudar e construir uma vida de amor e prosperidade.

Portanto, o meu primeiro passo já foi entendido. Agora partirei para ação de me amar mais, cuidar da minha vida, da minha alimentação, do meu corpo, da minha espiritualidade, ser eu mesma, só que mais funcional; pois só assim conseguirei ajudar sem tomar para mim o que não é meu.

Depois de tantos aprendizados, termino esse curso com um sentimento de vitória por ter conseguido olhar tão profundamente para minha vida e minha história.

Alguns momentos quis desistir, mas não conseguia, minha alma ansiava por esse desfecho, por essas percepções que estão agora claras, esse módulo foi o mais difícil para eu concluir, também com tantas revelações era de se esperar.

Só lhe tenho gratidão Olinda por todo esse compartilhar, sinto que esse curso é um marco na minha vida, saio daqui mais preparada para ser quem eu sou.

 

#MOD08

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