Eu iniciaria esse texto com uma poesia de um trecho do livro A fonte não Precisa Perguntar pelo Caminho (Bert Hellinger):
"Um filho procurou o velho pai e pediu: “Pai, abençoa-me antes
de partir!”
O pai falou: “Que a minha bênção seja acompanhar-te por um trecho,
no início do caminho do saber”.
Na manhã seguinte saíram ao ar livre,
e partindo da estreiteza de seu vale
subiram uma montanha.
Quando chegaram ao cume a tarde caía,
mas a paisagem, em todas as direções
até a linha do horizonte,
estava banhada de luz.
O sol se pôs,
e com ele o seu radiante brilho.
Caiu a noite.
Mas quando escureceu,
luziram as estrelas."
Essa poesia descreve maravilhosamente o módulo II em todas as falas da professora Olinda Guedes. A benção da chegada, de um ser ao seio familiar, a acolhida a importância que se deve ter em receber, mais ainda o olhar que dirigimos, a forma, a maneira como vamos lidar com esse ser.
Acompanhá-lo, dar a ele estrutura física mental emocional e espiritual se faz necessário, para que esse ser possa se sentir forte, protegido, amado, caminhando com segurança, responsabilidade, autoestima, podendo e fazendo suas próprias escolhas. Porque assim, quando chegar a noite ou quando a tempestade se apresentar em sua vida, ela saberá que no outro dia o sol brilhará.
Nós trilhamos caminhos complicados, emaranhados, de dor e sofrimentos; Pensamos estar sozinhos nessa jornada e quando menos esperamos, olhamos em nossa volta e visualizamos várias pessoas compartilhando suas dores e sofrimentos de diferentes pontos da vida. Isso é algo que abrange toda a humanidade, por essa razão acreditamos fazer parte da vida, e carregamos até onde nossa pequena experiência nos mostra.
Esse módulo nos fala de energia, responsabilidade, respeito, da importância em curar-se, restabelecermos as ligações da alma, estarmos abertos para vida, darmos à vida a oportunidade de sermos feliz de dentro para fora. A lição nos faz ver que é preciso ajudar-nos uns aos outros.
Lembro de outra lição do livro A Verdade Sobre o Sofrimento Humano, na página 36, livro de autoria da professora Olinda Guedes, onde ela traz um movimento ocorrido em sala de aula com a professora, que pede aos alunos; para fecharem os olhinhos e imaginarem-se abraçando seus pais.
Para surpresa de todos, um aluno fala "Meu pai não abraça a minha mãe; ele bate nela". São situações como esta e outras que rondam nossas famílias, que requerem atenção sistêmica, em escolas ou em terapias que visam auxiliar, libertar e curar as pessoas de seus emaranhamentos e dor.
Buscar apreender sobre Constelação Familiar é buscar respostas para nossas próprias vidas. É saber quem são os nossos antepassados, nossos ancestrais, como viveram, de onde vieram, para concluirmos a nossa ligação com nossos problemas. Muitas vezes está lá no passado. No livro "Ah! Que bom que eu sei!" encontramos também bons e fascinantes relatos sobre esses assuntos.
Para encerrar, devo dizer que esse módulo chamou-me muito atenção; para mim, ele iniciou uma grande viagem pelo conhecimento pelo mundo da Constelação Familiar; ele impressiona pela técnica e humanidade, ao mesmo tempo.
Você sorri e chora, tudo junto.
Como na música do rei Roberto Carlos “São tantas as Emoções”!