Achei de uma grandeza imensurável, de ensinamento esse módulo, de grandes entendimentos, até posso dizer de cura, de olhar para as noites escuras e ter gratidão, por vivencia-las, meu Deus que módulo maravilhoso.
As primeiras e grandes noites escuras de minha alma, foi a morte da minha mãe aos seus 54 anos, e do meu irmão com 55 anos de idade, ambos de infarto fulminante; hoje vejo a lealdade desse irmão perante ela, percebo o grande amadurecimento que o evento da mamãe causou-me nos meus 19 anos, tive que ser dona de casa, bem no momento, em que estava fazendo estágio do magistério.
Me fez focar mais nesse trabalho, o qual me proporcionou no dia da minha formatura, ser chamada para trabalhar com educação infantil, num colégio de referência e particular da cidade.
A morte do mano, me mostrou, que a vida é uma vela, e em qualquer momento, pode ser apagada, a partir daí, nossa família se uniu mais ainda, não tem necessidade de picuinhas entre irmão, que é perca de tempo, o qual mostrei para as duas irmãs mais velhas, e vejo também hoje que a morte dele, veio para organizar a sua própria família, seus filhos os quais o entristeciam, e após, tudo se encaminhou, foi como um puxão de orelha.
Outra noite escura do sistema e de mim própria, onde nós os 3 últimos irmãos, tivemos depressão e eu também síndrome do pânico, que ainda trato, numa conversa com o papai, me conta que mamãe sofria muito do coração, e por indicação médica na época, seria interessante ter algumas gestações a mais, que talvez devidos as alterações hormonais, poderiam aliviar seus sintomas cardíacos, me deparo com essa história, e me pergunto, viemos na tentativa de cura da mãe então?
Obras da história familiar, quer dizer, será que viemos para curar parte do sistema? Se for assim gratidão, por ternos incumbido a tentativa dessa tarefa.
Outra situação que foi desafiadora, lidar com as noras, gênios difíceis, de linhagem diferente, mas aí paro e começo a pensar, o porquê, de cada situação, mas talvez gostaria de ser igual a elas, no caso de serem firmes em suas ideias, seus propósitos, talvez eu não conseguia ser assim e isso me incomodava inconscientemente, e outras vezes eu mexia com o Eu delas , e as incomodava,
Quando começo a olhar de forma mais sistêmica tudo fica mais fácil o entendimento, onde olho suas dores, e as aceito , e as dores delas são exclusivamente delas, aí posso acolhe-las com um olhar diferente, tudo fica mais leve e harmonioso.
E uma das grandes noites escuras, e talvez a mais difícil, para mim lidar, foi no relacional, no casamento, onde não conseguia colocar e limitar território perante meu parceiro, por ter um gênio muito forte, dominador, aí veio a grande lição da nossa querida Mestra Olinda, que me fez entender toda esta situação, onde na primeira vez não tenho culpa, na segunda tenho 50% de culpabilidade, e na terceira situação a culpa é toda minha , daí fica claro , é mais fácil me vitimizar, por a culpa no outro, de sua tristeza, infelicidade.
No momento que fiz constelação e entendi, tudo isso, as coisas começaram a ficar mais leves, começou a ficar mais fácil de olhar para mim, me valorizar, e deixar claro, o que quero pra mim, que sou merecedora, ser bem tratada, ser feliz, de ter autonomia, e tudo faz grande sentido.
Atualmente, talvez eu possa chamar de noite escura, no profissional, o qual mudei totalmente de área de atuação, e por passarmos por esta fase de pandemia, a agenda não está como gostaria que estivesse, talvez por estar acostumada em outros momentos trabalhar muito.
Mas sei que está se alinhando, o universo está proporcionando caminhos, que se ampliarão cada vez mais, ou talvez seja a hora de frear um pouco, trabalhar menos e ganhar mais, portanto, gratidão a essas noites escuras, por proporcionar crescer e tornar pessoa melhor sempre.
# mod7.1