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MOMENTOS DE TRANSFORMAÇÕES EM MIM, NAS MINHAS INTERAÇÕES E NAS MINHAS PRÁTICAS COTIDIANAS/PROFISSIONAIS

MOMENTOS DE TRANSFORMAÇÕES EM MIM, NAS MINHAS INTERAÇÕES E NAS MINHAS PRÁTICAS COTIDIANAS/PROFISSIONAIS
Franciene Barbosa de Andrade
jul. 3 - 10 min de leitura
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Algumas transformações em mim, nas minhas interações e nas minhas práticas cotidianas/profissionais ao realizar o curso “Formação Real em Constelações Sistêmicas” se deram essencialmente na compreensão de que essas mudanças se fazem durante uma “jornada” de cura.

E como começar meu processo de cura? Como destaca a professora Olinda Guedes, colocando luz no que estou fazendo. Em um encontro com a minha jornada de cura passei a ver o que precisa fazer parte dessa jornada e o que precisa ser ressignificado.

Um processo que eu vou apresentar perpassado pelo fichamento do livro “Longe é um lugar que não existe” de Richard Bach, pois me tocou profundamente. Uma conexão com uma publicação no ano em que eu nasci.

A minha vida não começou quando eu nasci, ela começou nos meus antepassados, como enfatiza Bach (1979, sp.), “deve se lembrar sempre que não saber não impede a verdade de ser verdadeira.” Um dos fundamentos da constelação sistêmica que me motiva cada vez mais avançar nas informações da minha árvore genealógica.

Dentre essas, em minha jornada de cura, tive a percepção, em uma constelação realizada para um colega da formação, que eu tenho ancestralidades ciganas e imediatamente as inclui em minha vida. Ademais passei a olhar para os meus irmãos, que carregam as lealdades do sistema, com muito respeito e ficar a serviço, em vez de criticá-los e ignorá-los.

A cada momento de estudo e realização de atividade e exercício propostos na formação, minha relação com meus pais e antepassados vai sendo compreendida, fortalecida.

Uma das compreensões marcantes foi com a mediação da professora Olinda Guedes o que eu já fiz pelos meus pais antes da minha felicidade e me dei conta da tamanha lealdade e dos padrões que carregava, e, daí em diante, muitos passos foram dados pra frente.

É preciso, todos os dias, valorizar o ser em relação ao ter, porque o essencial é feito de “verdade e alegria” e não de “lata e vidro” (BACH, 1979, sp.). A verdade me liberta. Em relação as verdades que me libertaram, eu posso dizer que me preocupava muito com que os outros pensavam de mim, ficava sempre nessa vigilância.

Depois que a professora Olinda Guedes enfatizou em um dos módulos da formação que “o nosso maior medo é de não sermos amados como somos” encarei isso de frente e passei a ser mais espontânea, ser eu mesma e a “mudar hábitos para mudar minha vida”.

Outra libertação foi olhar para os meus sofrimentos e não querer exterminá-los, mas trabalha-los com paciência, concordância e acolhimento.

Enquanto consteladora em formação eu passei a olhar para a minha insegurança em atender, ajudar quem já solicitou por entender que ainda tenho que saber mais, mas a frase “não espere nadar fora da água”, dita pela professora Olinda Guedes, reverberou em mim a vontade de dar os primeiro passos. Até aqui o meu olhar estava muito voltado para a minha cura pessoal e eu despertei de que eu posso começar a dar os primeiros passos.

 Hoje faço muitas mediações em casa, com meu marido e nossos filhos, a pandemia nos proporcionou isso. Mas, ainda tenho que caminhar mais com o meu esposo, pois nossos sistemas são muito diferentes, a verdade é que eles se uniram para um grande aprendizado e isso requer muita concordância, empatia e respeito, e tenho seguido nessa minha maior jornada, pois o amo e não quero me desconectar dele. “o amor sempre traz de volta.”

Segundo Bach (1979, sp.) “você pode alçar voo nas asas de todos os pássaros que voam.” Portanto, como exemplifica a professora Olinda Guedes, um relacionamento conjugal só pode dar certo se as pessoas tiverem plenas de si e eu percebi que faltava me amar mais primeiro para eu amar mais meu esposo, com isso decidi cuidar mais de mim, e, assim poder fazer voos com o outro.

Nas concepções de Bach (1979) o ser é mais importante que o ter. Nele eu posso ver além das minhas preocupações, e encontrar as respostas em mim. Quando a verdade e a alegria estão no ser, o ter é apenas um recurso auxiliar. Nesse sentido, o curso me levou para o mais, tanto espiritualmente e emocionalmente, quanto na bagagem de diversos conhecimentos que jamais tive acesso.

Mas, primordialmente aprendi com a professora Olinda Guedes e, não podia ser diferente, com sua linda equipe, que por onde eu for com essa bagagem eu não devo me esquecer nunca de interiorizar em mim uma postura acolhedora, empática, humilde e respeitosa com meus clientes e com o universo, pois, do contrário, essa bagagem perderá significativamente seus meios e fins.

Para esse autor não estamos tão longe de algo quanto pensamos, se sentimos as nossas vivências com o coração. Portanto, se eu não posso estar com quem eu amo agora, é só eu sentir o que já faz parte de mim, outro fundamento das constelações familiares que me marcou na formação Real em Constelações Sistêmica.

A minha falta de segurança masculina estava fixada no falecimento do meu pai quando eu tinha 6 anos de idade, neste módulo me veio a mensagem “agora eu sei onde se encontrava a falta de segurança, já passou, agora sou adulta, agora eu assumo a minha segurança, eu acolho com amor e libero, já passou, estou sorrindo e muito feliz com essa compreensão, meu pai está em mim, sou forte e segura com amor, muita gratidão, gratidão, gratidão, seguindo a minha jornada de cura. Agora eu sei que enquanto minha mãe e irmãs me levaram para a escola, papai me levava junto também ao comprar meus materiais para eu estudar, eu posso sentir que ele faz parte de mim ainda que distante por conta do trabalho e do seu falecimento".

Na frase proferida pela professora Olinda Guedes “não seja uma pessoa reativa, mas meditativa” eu me encontrei na reatividade e no pensamento interno acelerado, mas ao refletir sobre a minha orfandade pessoal e dar um lugar a esses sintomas, isso teve efeito na minha jornada de cura pessoal. 

Como enfatiza Olinda Guedes, com carinho vou liberando a minha mente, e com o coração me libertando de pensamentos tóxicos, que por meio da minha existência eu possa concretizar algo por todos que vieram antes e por mim. Agora eu sei, agora eu posso. Hoje eu falo pelas mulheres que foram silenciadas no meu sistema, eu permito que tudo seja transformado em mim sem tanto esforço, mas naturalmente.

Desse modo, com a mediação da professora Olinda Guedes eu reflito e constelo: "querida mamãe muitas coisas me faltaram, agora eu posso me dar, gratidão. Querida mamãe, agora em mim a nossa história se completa um tanto mais pela minha compreensão. Eu quero recuperar a minha energia feminina e me dar presentes constantemente sem me cobrar. Com a verdade eu libero meu feminino para chamar o masculino “de volta à vida”. Agora eu faço meditações para que meu “querido pai renasça em mim. Ao renascer o feminino e o masculino em mim, eu pude olhar para os que chegam, para os sintomas nos meus filhos, e, ver em nós pais e no que nos atravessa, o porquê daqueles sintomas, para que possamos possibilitar aos nossos filhos a liberação “de tarefas difíceis”.

A celebração da vida é uma “comemoração que não pode jamais terminar” (BACH, 1979, sp.). Partindo desse ponto de vista, os saberes das constelações sistêmicas como estilo de vida e de excelência no viver e no conviver, reverbera no meu cotidiano e na minha atuação profissional de várias maneiras, primeiramente por me conscientizar a todo momento que tudo isso é uma jornada de cura.

Que apesar de ser apaixonada pelo conhecimento, pelas concepções teóricas, que isso não esteja à frente da minha postura de respeito com o que se aprende e com quem aprende, de empatia, de alegria, de concordância, de acolhimento, de compaixão, de não julgamento, de não expectativa e de não pena, ou seja, de priorizar o cliente em detrimento da minha presunção, de me colocar a serviço e, consequentemente, de “Amar as pessoas como se não houvesse o amanhã”.

Afinal, esse conhecimento deve ser visto mais na lente do coração do que da razão para que as pessoas se conectem e adentrem em sua jornada de cura. Um alçar voos a partir do poder do ser, que, muitas vezes, “não pode ser tocado com a mão nem visto com o olho.” (BACH, 1979, sp.)

Por fim, professora Olinda Guedes, se me permite, você é o “além do aparente” que revela “a verdade sobre o sofrimento humano com ousadia suficientemente amorosa, acolhedora e inventiva porque honra desde sempre “o que traz quem levamos a escola?” Sou muito grata por ter tido a oportunidade de conhecer o seu saber, este que você não hesita em repassar para quem chega e ressignificar com quem veio antes.

Esse curso expandiu mais ainda o meu coração e a minha jornada de cura continua porque você ampliou os caminhos para ela seguir. Gratidão! A sua vivacidade em conhecer me encanta e eu sigo ‘discipulando-a’ com um livro de poesia na mão, outro despertar que me proporcionou.

#RCCFR

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