Oh, minhas queridas ancestrais!
Quanta força sinto quando me conecto com voces!
Força de seguir adiante;
Força para enfrentar o que for preciso;
Força que não sente medo;
nem receio.
Força que segue,
faz e acontece;
Força que resolve tudo;
Força que dá conta do inimaginável;
Força que domina e
que por vezes não aceita
que foi tão presa e humilhada.
Que foi escondida,
abalada.
Força que se perde em meio ao abandono,
em meio ao medo de ficar sozinha,
de não ser vista, de não ser amada.
Força que enfraquece perante o masculino,
que não é vista por eles,
que não os deixa ficar e
que não dá lugar para eles.
Força que tem medo que se repita
A humilhação,
o abuso,
o sofrimento,
o abandono.
Força que não olha para o amor.
Oh, queridas!
Não é mais preciso lutar.
Tudo já passou e voces deram conta muito bem.
Agora eu posso viver em harmonia com essa força e
com leveza eu posso trabalhar com ela,
vivendo em harmonia com o masculino que,
por vezes, também é tão sofrido e cansado,
não visto,
não amado,
sempre tão julgado!
Podemos agora nos ver e nos amar;
Dar espaço um para o outro, como numa roda viva.
Nos amparar e nos sustentar.
Nos conectar verdadeiramente,
nos aceitando,
nos cuidando e
nos enxergando.
Porque agora ninguém precisa mais ir embora.
Agora todos nós temos o nosso lugar.
O amor encontrou o seu lugar!