Não é normal. Nunca foi. Apenas foi tudo jogado para debaixo do tapete. Todo o sofrimento, todas as dores dos meus antepassados reverberam no aqui e agora, em um ou outro familiar e em mim.
Aquela angústia, aquela melancolia, aquela insônia, a irritabilidade repentina. Tudo aquilo vem e vai e vai como se não tivesse vindo, mas quando vem, mostra aquilo que não sabemos elaborar por falta de conhecimento, por falta de olhar o íntimo e dar voz ao nosso corpo e ao sexto sentido.
Nosso corpo fala, nós é que não o ouvimos. Sentir necessidade de continuar jogando para debaixo do tapete é mais fácil, é mais cômodo. Mas aceitar nossa missão é libertador. A cada passo dado, a sensação de dever cumprido só traz gratidão.
Vou levantar todos os tapetes que eu puder e limpar tudo que me for possível. Levar leveza à diante. Que as coisas corriqueiras deixem de ser corriqueiras através de mim e passem a ser olhadas com amor, empatia e gratidão pela oportunidade da vida.