Como diz nossa mestra Olinda: “A vida não é fácil para ninguém, mas para algumas é mais difícil.” E noites escuras são momentos muito difíceis e todos nós estamos sujeitos a passar por esses momentos e, embora estejamos acompanhados, é como se estivéssemos sozinhos, atravessando um deserto.
Já atravessei por alguns desertos na vida e o deserto mais escuro foi quando descobri a traição do meu marido. Já estávamos casados há quase vinte anos, sentia que algo não ia bem, mas traição não esperava. Fazia de tudo para manter a família unida, era boa mãe, boa esposa e tínhamos passado por tantas dificuldades juntos e como eu jamais faria isso com ele, pensei que não faria comigo também.
Desejava que ele tivesse morrido ao invés de ter feito isso comigo, outras vezes desejava morrer, pois não queria sentir aquela dor, que era também física e doía a alma.
Mas, eu sabia que não podia morrer, tinha que criar meus dois filhos e encarar aquela dor.
Então, comecei a fazer uma terapia convencional que ajudou um pouco. Nos separamos por um tempo e ele quis voltar, então condicionei a volta caso ele fizesse uma terapia comigo. Começamos a fazer a terapia ADI (abordagem direta do inconsciente), ajudou mais um pouco, mas sentia que sempre faltava algo.
Hoje com as constelações sinto que esse algo começa a se completar.
E o que tiro dessa noite escura? Noites escuras são oportunidades de grande transmutação. A busca incansável da luz divina, e saber que por mais escura que seja a noite, no outro dia o sol vai brilhar.
#mod07#conclusão