Quanta desesperança se instala nas noites escuras da alma. Não há luz no fim do túnel e a dificuldade de se dar uma solução ao problema é imensa, mas Bert Hellinger nos diz que sempre há uma luz divina.
Muitos no início não percebem a situação em que se encontram e com o tempo isso vai agravando, o sintoma e muitos outros aspectos, e as pessoas não sabem como sair desta situação que na grande maioria das vezes tem origem transgeracional. E o que fazer?
O olhar sistêmico vai se direcionar para uma análise global e vai trazendo à luz a verdade que está está além do aparente, buscando um norte através de diálogo e métrica constelatória.
A situação em que a pessoa se encontra é compatível com o contexto vivido por ela ou é algo fora do contexto e que seus familiares ou ela mesma não conseguem dar uma explicação plausível?
Para que o indivíduo dispare uma memória transgeracional é necessário o mínimo de semelhança com uma situação atual vivida, com um evento traumático de seus antepassados.
A pessoa entra em ressonância com o seu sistema que se adapta e se expressa no contexto do agora e assim dizemos que ele está servindo o sistema.
Devemos ter em mente que temos que ter maior respeito e gratidão a este membro da família que carrega estes sintomas, pois ele está servindo a uma situação, para que todos os outros estejam bem.
A depressão, esquizofrenia, bipolaridade, síndrome do pânico, autismo, dislexia e gagueira são exemplos de noites escuras da alma.
Na depressão é necessário um esforço hercúleo da própria pessoa para querer sair da situação, o que é extremamente difícil, pois seu desejo é de não mais existir.
Cabe aos familiares dar o suporte, força e compreensão, pois o que realmente ele precisa e procura é o colo e o acalento que não teve da mãe.
Na esquizofrenia e na gagueira, por exemplo, uma memória traumática do passado foi acessada e se expressa no presente totalmente fora do contexto; são memórias neuróticas e psicóticas, assim como na bipolaridade, síndrome do pânico, dislexia, autismo e gagueira, como exemplos.
Na maioria dos casos existem traumas e estes podem estar em ressonância com perpetradores, com vítimas ou ainda excluídos do sistema.
A solução:
É necessário uma intervenção sensorial, é fundamental um terapeuta especialista, e é indispensável a medicação alopática para auxiliar o indivíduo a lidar com a situação, pois a química de seu cérebro está com certeza desregulada.
Os que trabalham com essas pessoas acometidas dessas noites escuras, bem como seus familiares, precisam ter um maior grau de empatia, compaixão, caridade e amorosidade, afinal ele está servindo todo o sistema.
A alucinação foi uma verdade em outro momento, tempo e espaço.
Num trabalho sistêmico devemos perguntar, Onde, Quando e Por quê isso aconteceu, para encontrarmos meios de auxiliarmos o cliente a obter sua liberação e a ele e ao seu sistema como um todo, se ordenar e curar.
Tudo isso que ocorre nas noites escuras da alma, vem para nós como destino do sistema e cabe a nós saber buscar conhecimento, para darmos um novo rumo a tudo, com atitudes acertadas, deixando um sistema mais organizado para nossos descendentes; isso sim depende de nós.
Bert Hellinger nos fala da Boa e da Má Culpa.
Não devemos carregar em nós a má culpa e carregar um sofrimento por se achar culpado por algo que ocorreu.
Bert nos ensina que devemos sim ter a boa culpa, reconhecermos um sofrimento e assumirmos a responsabilidade de tornar a vida do outro mais leve, colaborando sempre que necessário, com o que for possível, não nos obrigando nem ao próximo a realizar tarefas que não somos capazes de realizar, criando sempre um contexto de gratidão por podermos contribuir com o bem.
Como consteladores temos a obrigação de esclarecer a todos envolvidos e dizer sempre antes do cliente: Agora eu sei.
Devemos estar cientes do que nos acontece, nos tratar, para podermos ajudar de maneira eficaz quem precisar de nossa ajuda.
#mod07