Com a objetividade que vivemos, correndo cegamente atrás do dinheiro, pois temos a certeza de que tudo aquilo que o dinheiro nos proporciona nos trará felicidade, não conseguimos olhar para nós e ver que certos acontecimentos que se tornaram rotineiros e repetitivos estão de forma enfática nos alertando de algo ainda não revelado.
Não nos conscientizamos ainda que muitos são os sinais que estão a nossa disposição para serem interpretados.
São nas situações corriqueiras que não damos valor e passamos por cima como sendo normais que atrapalham nossas vidas.
Olinda citou dois fatos que ocorrem comigo e eu demorei para me dar conta do que ocorria e hoje busco a real causa.
Um deles é que em todos os natais eu acabo me desgastando muito para realizar uma linda festa para meus filhos.
Em nossa família nunca houve festas de natais e quando casei, instituí a ceia de natal como data de comemoração ao nascimento do Cristo.
Demorou para eu perceber que isto era importante para mim e que minha irmã não valorizava e eu acabava por fazer quase tudo sozinha, o que me deixava muito cansada a ponto de não curtir a festa linda que eu proporcionava a todos.
Ficava feliz por ver meus filhos felizes.
Outro fato é a questão de mudanças de residências, as quais eu sempre tive grandes problemas e ter que praticar o desapego em grande proporção, ter que abrir mão de muitas coisas pessoais que eu valorizava.
Na visão humana mecanicista, me via como vítima, que nunca me davam apoio, me perguntava, será que não estão vendo que eu preciso de ajuda?
Que não consigo fazer tudo sozinha?
Por que na verdade eu tinha que fazer sozinha?
Hoje vejo tudo isto com outros olhos e que preciso constelar.
Me pergunto:
Por que tantas perdas pelo caminho?
O que tenho que aprender?
O que está por trás destes movimentos?
O que ocorreu no meu sistema com meus avós e antepassados e a quem estou servindo?
Preciso perder e ficar neste lugar para pertencer e honrar a qual sistema?
Muitos fatos já foram revelados e outros ainda por saber.
São tantos sintomas em meu sistema que terei que constelar a vida inteira que me resta.
Na minha família de origem todos foram educados para passar por cima de seus sentimentos e lutar sempre, cair e se levantar sem olhar as questões que levaram a estas situações, isto era ser forte, era passar por cima com altivez e orgulho.
O resultado de tudo isto são casos de depressão, obesidade mórbida, homens e mulheres capacitados que não conseguem estudar e se realizarem profissionalmente, vários casos de problemas de coluna, trapaças financeiras, traições amorosas entre irmãos, machismo e subjugação de mulheres, brigas entre irmãos por dinheiro, doenças que levaram indivíduos para uma cama, doenças autoimunes, diabetes, autoritarismo e machismo exacerbado, temos também alguns religiosos.
Meu Deus, me dou conta agora de tantos emaranhamentos e de um sistema gravemente ferido e sofrido, sintomas tidos como corriqueiros e normais que não foram visto.
São tantos sintomas mas me dou conta de como minha família foi abençoada com intuição e desejo de buscar saberes, de estarmos unidos para descobrir a razão dos sofrimentos e é graças ao bom Deus que estamos nós, os 4 filhos, noras e eu em busca de curar nosso sistema em nosso favor e de nossos filhos e netos.
Estamos todos em busca de conhecimento em várias frentes como nas constelações e outras ferramentas disponíveis atualmente.
Devemos sim estar atentos aos sintomas aos emaranhamentos e buscar a solução, pois como nos ensina Olinda, é melhor que seja o quanto antes, pois se não for visto a situação se agravará as doenças serão mais graves e será necessário grandes intervenções até que os sintomas sejam observados e curados.
Se intervenções mecanicistas forem realizadas e determinado sintoma desaparecer podemos ter a certeza que outro sintoma aparecerá e bem mais grave, pois o sintoma cede lugar para outro sintoma até que a causa seja observada e digamos eu vejo você, eu dou lugar em meu coração.
É possível observar isto em cirurgias como bariátricas por exemplo, onde a pessoa emagrece e desenvolve outro sintoma muitas vezes mais grave, como ocorreu com um conhecido que passou a beber e morreu em decorrência da bebida.
Como nos diz nossa amada mestre OLINDA:
-Vamos olhar para os sintomas rotineiros com tempo e amor para transformar nossa história de dor e sofrimento em história de oportunidades de crescimento.
Devemos aceitar, perdoar, agradecer e reparar o erros.
Estes são os movimentos necessários.
A vida não admite barganhas e o verdadeiro movimento, eu sinto muito, me perdoe, eu te amo.