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NOVAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÓDULO 10

NOVAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÓDULO 10
MARINEIDE LUNKES TROJACK
mar. 20 - 5 min de leitura
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Às vezes, ou quase sempre, pensamos que as experiências desagradáveis da nossa vida só servem para nos fazer sofrer.

Aí vem essa linda história para desmentir essa aparente verdade.

Hoje, assistindo novamente a aula bônus 2 do módulo 10, onde a irmã Neiva cita a história de Fátima, a fiandeira, tive muita curiosidade de conhecer essa história. Me emocionei e por isso desejo partilhar essa história.

Numa longínqua cidade do ocidente, vivia uma jovem chamada Fátima, filha de um próspero fiandeiro.

Um dia seu pai lhe disse:

- Filha, faremos uma viagem, pois tenho negócios a fazer. Venha junto, pois talvez você encontre algum jovem que te agrade, em boa posição, com quem possas então te casar.

Iniciaram então uma viagem por mar, indo de reino em reino.

O pai cuidando dos negócios, Fátima sonhando com o homem com quem iria se casar.

Mas um dia, quando estavam em alto mar, foram atingidos por uma terrível tempestade.

O navio naufragou.

Fátima foi arrastada pelas ondas até uma praia desconhecida, única sobrevivente do naufrágio.

Recordava-se pouco de sua vida naquele momento, pois a experiência do naufrágio e o fato de haver ficado exposta à inclemência do mar haviam-na deixado exausta e aturdida.

Enquanto vagava pela praia, uma família de tecelões a encontrou.

Embora fossem pobres, levaram-na para sua humilde casa e ensinaram-lhe seu trabalho.

Assim, Fátima iniciou nova vida.

Passado algum tempo, e com o carinho recebido daquela gente, voltou a ser feliz, reconciliada com sua sorte.

Porém um dia, quando estava na praia, um bando de mercadores de escravos desembarcou e levou-a, junto com outros cativos.

Levaram-na para um reino, na direção do oriente e venderam-na como escrava.

No mercado de escravos, um homem de nobre coração, apiedando-se daquela triste jovem, resolveu comprá-la.

Levou Fátima para casa, pretendendo dar-lhe um trabalho leve, pensando que ela poderia fazer companhia para sua esposa.

Pouco tempo estava Fátima naquela casa, quando o patrão, que era dono de uma serraria, teve uma grande perda nos negócios.

Não poderia mais pagar seus empregados, e assim a própria esposa e Fátima que era grata por seu resgate do mercado de escravos, passaram a trabalhar na fabricação de mastros.

Aos poucos, os negócios da serraria foram se recuperando e Fátima passou a ser o braço direito do patrão, sua ajudante de confiança.

Um dia, ele lhe disse que queria que ela levasse um carregamento de mastros a uma ilha distante.

Eram clientes novos e o patrão confiava a ela o negócio.

Fátima partiu.

Quis o destino que novamente seu navio naufragasse, quando estavam perto da costa da China.

Outra vez, Fátima era jogada como náufraga em um país desconhecido.

Novamente, houve quem a ajudasse, e não foi difícil encontrar um intérprete para ela, que com suas viagens, já compreendia bem mais do que sua língua materna.

Por aqueles tempos, reinava na China um jovem imperador.

Curioso das coisas do mundo, gostava de ouvir histórias dos viajantes que lhe contavam de terras distantes e países exóticos.

E havia ficado encantado com as descrições que lhe fizeram, certa vez, alguns desses viajantes, de países do deserto, onde os reis, chamados sultões, tinham grandes e confortáveis tendas para suas próprias viagens.

Acontece que, naqueles tempos, não havia ninguém na China que soubesse fazer tais tendas, e o imperador dizia a todos quantos pudessem ouvir que recompensaria regiamente quem as fizesse.

Quando Fátima soube do fato, refletiu.

E disse que poderia satisfazer o desejo do imperador.

Foi levada até ele, que ficou muito impressionado com a moça.

Como as cordas chinesas não se prestavam, Fátima usou sua memória de filha de fiandeiro, e fez cordas apropriadas.

Os tecidos chineses, ou eram da mais pura ceda, ou panos resistentes, mas muito duros.

Lembrou da sua experiência de tecelã, e organizou a produção de tecidos adequados.

Também não havia estacas compridas o suficiente.

Lembrou então do que aprendera com o fabricante de mastros.

E assim, Fátima tinha, junto com a lembrança de todas as tendas que havia visto em suas viagens, todo o necessário para construir uma bela tenda.

O jovem imperador, maravilhado, ofereceu à Fátima, como recompensa, a metade do seu grande império, e o seu amor, pois se casou com ela.

E juntos, viveram felizes até o fim dos seus dias.

E foi só depois de todas essas aventuras que Fátima pôde compreender algo fundamental: as experiências aparentemente desagradáveis do passado acabaram constituindo partes essenciais da sua felicidade.

Fonte: https://www.saskiapsicodrama.com.br/ver-metaforas/a-historia-de-fatima-a-fiandeira/13, acesso em 16 de março de 2021.

 

 

 

 

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