Quanto aprendizado estou tendo com a mestra Olinda neste curso da Formação Real em Constelações Sistêmicas. Estou encerrando o módulo 7 e quantas reflexões me trouxe sobre as noites escuras da alma a que todos nós somos submetidos durante a vida, uns de maneiras mais difíceis que outros.
Olinda me fez lançar um novo olhar sobre as psicoses e acho que as famílias que enfrentam essas enfermidades seriam totalmente diferentes se elas tivessem acesso ao conhecimento de que essas pessoas carregam muito para o sistema, fazendo com que outros membros do grupo possam ter uma vida normal.
Quanta generosidade esse membro familiar teve ao assumir a dor do sistema pagando com sua própria sanidade e vida. Hoje vejo que haveria muito mais amor, respeito, empatia e gratidão pelos familiares se soubessem o que está por trás dessas psicoses, o qual alto é o preço que a pessoa está pagando por todo o sistema.
Tive uma tia doente por parte da família do meu pai. Lembro que contavam que ela nasceu normal, mas que aos três anos de idade comeu muito e ao tomar banho sofreu uma congestão afetando o seu cérebro, tornando-se especial, vendo a realidade de uma forma totalmente diferente.
Me lembro que os familiares não tinham muita paciência com ela, pois falava e reclamava muito, isso independente do momento do dia, inclusive durante a noite. Hoje pude ver que na verdade ela estava à serviço do sistema e tudo poderia ter sido diferente se ela se sentisse vista e entendida pelos familiares.
Eu vejo você tia Dica e sou grata pelo que fez pelo nosso sistema familiar.
A solução para essas pessoas que estão sofrendo e passando pelas noites escuras é a empatia, o amor, a compaixão e a caridade. Somente sendo vistas e entendidas a carga das mesmas ficará mais leve.
Que possamos ser gratos por esses familiares estarem olhando para as memórias de dor do sistema e com isso fazendo com que as nossas vidas e das próximas gerações possam fluir levemente.