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O CASTIÇAL

O CASTIÇAL
ELIANI A. AMARAL
mar. 5 - 3 min de leitura
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Um solitário castiçal estava lá, em cima da mesa, com sua velinha, à iluminar aquele cômodo. 

As almas se reuniam ao redor da mesa, sob a penumbra; ali, pensativas. Sabiam que o amor é um sentimento tão grande que ele se acomoda em nosso coração mesmo sem a gente querer. Muitas vezes, não entendemos o porquê da sua força e da sua intensidade, mas ele está lá e latente.

O amor é leal e ele nunca se cansa. É através dessa lealdade que ele nos mostra o caminho para a cura e para seguirmos adiante, em direção à vida. Sem amor não pertencemos a nada e um vazio doloroso se instala em nosso coração.

Todavia, o amor nos dá a compreensão para o entendimento e a reparação dos nossos danos a outrem e a nós mesmos, porque muitas vezes somos nossos piores algozes. Ele não anda sozinho, prefere andar  de mãos dadas com seu amigo, muito especial, que se chama perdão.

As almas inquietas ali começaram a serenar, pois acolheram  concordar entre si sabendo que elas estavam ligadas por fios que o destino presenteou; e, assim,  a ordem foi instaurada sem a necessidade de um tribunal de juízo. O certo e o errado passaram a serem vistos através da divindade.

O amor é sublime, está sempre em movimento e vai a lugares ermos levando seu amor porque tem um coração benevolente e cheio de compaixão, não tem cor e nem raça.

E onde ele toca tudo se transforma, tudo floresce, tudo renasce.

O amor se movimenta através dos corações que agradecem as dádivas que Deus lhe proporciona todos os dias; do fato de reconhecer a grandeza daquele outro ser e de um pedido humilde de que necessito da sua ajuda, porque dentro de nossa pequenez sozinho não iremos conseguir; da maneira serena como nos colocamos diante das situações, trazendo assim a paz, a harmonia no simples fato de concordarmos com o que não podemos mudar, mas que isso pode nos  direcionar ao caminho da cura; e, também, do movimentar-se com suavidade - para não causar estragos na vida de outras pessoas -.

Ter benevolência, retidão e compaixão; bem como deixar de lado as queixas e, sempre, ao perceber o mal feito a outrem, de imediato, proceder à reparação.

A velinha no castiçal estava se esvaindo a cada minuto que passava e, as almas já alimentadas pelo amor sentiam uma leveza  e foram arrebatadas pela Alegria¹ (um feliz e mágico sentimento), pois sabiam que todo o dano causado, de alguma forma pode ser reparado. E aos olhos de Deus “todos pertencem, os bons e os maus, todos.”²

E a penumbra foi ficando cada vez mais densa até que a última gota de cera se queimou e o pavio se deitou para seu último sono com a certeza de que em breve a aurora iria despertar trazendo suas dádivas;  e ao final da tarde,  o céu tocará o horizonte e o crepúsculo dará início a sua nova jornada.

Alem do aparente - um livro sobre constelaçoes familiares - LarPsi Livraria

¹Música Alegria, Cirque Du Soleil

²Extraído do livro Além do Aparente, pág. 49, de Olinda Guedes.

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