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O CORPO E SUAS DINÂMICAS

O CORPO E SUAS DINÂMICAS
Edda Eva de Siqueira Lira
jul. 23 - 8 min de leitura
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No módulo 04 estudamos um assunto de extrema relevância, o corpo e suas dinâmicas. As doenças quando tratadas pelo médico sem um uma visão corpo e mente se tornam muito mais difíceis de serem curadas.

Nessa abordagem, o médico toma para si a responsabilidade de curar o paciente, quando a cura depende, sobretudo, do doente. A potência do médico deve estar em ajudar o paciente a recuperar o seu poder de cura.  

Sistematicamente, todo doente se torna uma criança já que fica mais passivo, necessitando de mais cuidados, com certa ou muita limitação na vida. Não é à toa que é chamado de paciente. O doente se comporta como uma criança, se permite mais, como expressar seus pensamentos sem filtro e sem culpa.

Dentro da visão sistêmica todos os sintomas são anjos que nos trazem mensagens indicando que precisamos transformar a nossa vida. Quanto maior for o sofrimento causado pelo sintoma, maior é a mudança exigida para que a saúde possa se restabelecer.

A doença indica que ao longo da vida temos estado de forma equivocada, indo na direção errada. Nos efeitos se encontram a possibilidade de termos suporte, forças a fim de fazermos as mudanças necessárias para que o sofrimento ceda lugar à cura, a transformação, a saúde, ao bom viver.

Os sintomas mais simples demandam poucas mudanças em nossa vida. Como, por exemplo, um resfriado, que indica que a pessoa está sobrecarregada, com uma insatisfação temporária, portanto precisa impor limites, dar um tempo, e delimitar o seu território.

E, ainda que não faça essa mudança no mundo emocional, no mundo relacional esse sintoma passará, mas retornará por meio não só da gripe, mas dos resfriados constantes, da renite, sinusite e similares, pois permanece “jogando o lixo para debaixo do tapete”.

Assim, nem tudo que é mais simples, é fácil de mudar, às vezes, algo mais complexo, mesmo exigindo maiores transformações pode ser mais fácil. Se não há mudanças, os sintomas vão continuar se repetindo, são as denominadas doenças crônicas. E se um sintoma simples não for tratado pode evoluir para um sintoma grave, ou, surgir novos sintomas, a ponto de ameaçar a sua vida.

Cada vez que tiver um sintoma deve se perguntar: 1- O que está errado aqui? 2– Eu estou feliz onde estou vivendo? 3- Eu estou feliz com o trabalho que desenvolvo?

Os sintomas vão demonstrar a você que será necessário ajustar um desses três pontos: Convivência, trabalho ou o lugar onde vive.

A medicina alopática não se preocupa em combater as causas, apenas os efeitos. Dessa forma, os sintomas não são ouvidos.  E muitas vezes, os marcadores dos exames não justificam os sintomas que a pessoa apresenta. Já a medicina homeopática ensinada no saber sistêmico analisa e trata a pessoa sistematicamente.

Quando o indivíduo faz a mudança necessária, digamos, uma conversão bem complexa, uma transformação do coração, é possível obter a cura em doenças mais graves como câncer, espondilite anquilosante, dentre outras, inclusive, nas doenças diagnosticadas como incuráveis que tornam a condição de habitar o corpo físico mais difícil.

A medicina chama isso de remissão espontânea, os românticos chamam de milagre. A terapia como recurso complementar indicado para pacientes nessas condições, mas prioritariamente, as intervenções sistêmicas conduzem as pessoas a saírem do “piloto automático” e atingirem esse movimento de transformação. Mudança complexa a que Hellinger chamou de movimento do espírito, quando ocorre uma percepção, um insight que ninguém mais tira de você.

Com este olhar sistêmico, as doenças não são tragédias são oportunidades de transformar os sintomas em laços.

O universo não vai nos dar uma carga mais pesada do que podemos carregar, não vai nos sobrecarregar. Cada pessoa tem a força necessária para acolher a sua história. As doenças estão a serviço de algo dentro do sistema familiar, então é preciso aceitar e olhar para os sintomas e investigar a causa.

Decifrar a doença, de preferência, através da intervenção da constelação, o que lhe faz adoecer? Existe relacionamento disfuncional na sua família de origem? E como é a sua relação? Há doenças que se repetem por gerações, iguais ou similares, demonstrando que há questões no passado a serem vistas, que há algo nas gerações anteriores que precisa ser resgatado.

Desejar apenas se livrar da doença nos faz perder a oportunidade de entendimento e, sobretudo, libertar os descendentes de permanecerem doentes.

Os sintomas, as doenças, antes de se manifestarem no corpo físico, numa visível psicossomatização, se apresentam através das insatisfações, tristezas, mágoas, raivas, desgostos, no cansaço. As dores físicas exprimem as dores do corpo emocional.

Esse sentimento não muda de energia, simplesmente se materializa no corpo físico. É fácil percebermos, observe quando uma pessoa está chateada se o seu nível de energia vibracional não muda. E assim sucede com os demais corpos de dores emocionais até migrar para o sintoma físico.

Um sintoma não olha só para as memórias pessoais, mas também para memórias transgeracionais. Além do aparente é uma teia perfeita, conexão perfeita entre fatos passados e a nossa vida presente, entre gerações passadas e os sintomas que estão aqui conosco.

A doença surge para cumprir a função dentro de um sistema familiar quando aquilo a que está a serviço é visto na geração passada e finalmente revelado. Quando aquilo que era excluído agora é incluído, quando aquele que foi injustiçado agora é honrado.

A doença assim cumpre o seu propósito e não tem mais “para que” permanecer e se vai. Aqui ocorre os chamados milagres e a pessoa recebe a cura do sistema, não há mais aquele sofrimento.  O movimento sistêmico promove a interrupção da dinâmica de muitas gerações.

Ninguém carrega um sintoma porque quer, mas porque o sistema impõe. Esse momento requer das pessoas doentes e dos familiares, sabedoria para fazer o que é necessário.

Para começar, encontrar uma terapia com intervenção sistêmica que conduza a pessoa doente ao entendimento das causas, coragem para olhar para algo maior, desconhecida até então, humildade, amor em uma dimensão que até então não vivenciaram dentro da família. Muitas vezes, as descobertas vão revelar que a doença veio para mostrar que é preciso concluir a tarefa dos nossos antepassados e assim, completar o que faltava.

Todo sintoma tem um significado. Um sintoma muito comum são as inflamações nos joelhos. Os joelhos representam a nossa altivez, realização, autoestima, identidade pessoal do orgulho de ser e fazer. Problemas nos joelhos indica sensação de ter sido humilhado, subestimado, espezinhado.

Então, uma mulher que tem inflamação no joelho esquerdo, significa que tem uma relação mal resolvida com figura do mesmo sexo. Assim, o que traz uma memória ancestral do feminino de dor do seu sistema familiar. Uma memória de dor, sofrimento, de ter sido subestimada, desvalorizada, com ausência de amor.

Ao olhar sistematicamente para essa dor do relacionamento com o feminino dentro do sistema, a cura vai chegar, a dor vai passar e o joelho vai entrar no processo de desinflamação.

Entretanto, o tratamento médico é um recurso muitas vezes indispensável, mas o que cura é ação da mudança interior, através da tomada de consciência das sombras de nossa vida, da ressignificação, numa jornada de cura para o sintoma ir embora. A remissão do sintoma chegará cedo ou tarde, o milagre acontecerá.

Cuidar da vida é um movimento que representa estar reconciliado com os pais.

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