A doença é o estado do ser humano que indica que na sua consciência, a pessoa não está mais em ordem, ou seja, sua consciência registra que não há harmonia.
O corpo é a nossa memória mais arcaica. Nele nada é esquecido cada acontecimento vivido, particularmente na 1ª infância e também na vida adulta deixa a sua marca profunda.
As constelações sistêmicas têm um enfoque para as doenças. Dentro de uma rede familiar, considerando todos os acontecimentos que ocorreram até a geração atual, pode ser que a doença apareça nas gerações posteriores através da identificação, lealdade, repetição de uma situação, exclusão ou dificuldade passada.
Nesse caso, esta lealdade nos coloca a repetir o destino difícil de algum familiar.
Repetimos inconscientemente, motivados principalmente pelos vínculos que temos com os integrantes do nosso sistema. Do quão ligados afetivamente à nossa família nós somos de forma racional, também podemos nos identificar diretamente com uma questão de saúde de um familiar próximo, em especial tataravós, bisavós e avós.
Temos a impressão de que o doente, por meio de seus sintomas, faz lembrar a pessoa excluída. Ele está vinculado pelo amor enquanto outros membros da família recusam ou reprimem o amor e o reconhecimento.
A constelação da doença ou do sintoma, em relação com o paciente ou com sua família, consegue trazer à luz essas conexões que geralmente são inconscientes.
O olhar da constelação para a saúde permite que o essencial transpareça e libere a pessoa para uma vida mais leve e consciente dos seus vínculos familiares.
Nesse sentido, cada sintoma que nos acomete é uma fala do corpo para nós. Se lermos com a devida atenção o que o corpo fala, acessaremos a solução e talvez a cura, nomeada como o desaparecimento dos sintomas.
Se muitas vezes silenciamos essa voz com remédio, ainda que haja uma cura momentânea posteriormente, algo volta a se manifestar.
Entendemos que a cura acontece quando o paciente internamente permite a si mesmo o movimento de cura. Isto é, quando ele ouve e se apropria da mensagem que as doenças sistêmicas transmitem.
Precisamos acolher tudo que entra em nosso contexto com amor, entendendo que aquilo se torna necessário naquele momento. Assim, quem sabe o sintoma, após cumprir sua função, pode se retirar em paz.
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