Ainda reverbera em mim o ditado da aula do dia 13/03/2021 do Curso de Formação Real em Constelações Sistêmicas proferido pela Mestra Olinda Guedes. Quão poderosas palavras daquele que fala, para aquele que ouve, para aquele que escuta! ... e para aquele que cala!
Cada palavra, as vezes chegava como um açoite, as vezes como um bálsamo!
Cada palavra que trazia uma lágrima que teimava em rolar pelo rosto, trazia também um sorriso tímido, mesmo que de canto de boca. Cada palavra instigava a mente a ficar bem alerta para não perder uma só palavra para a escrita, por que é certo para mim que aquilo que não foi escrito no papel, foi escrito na alma. No físico, as palavras se traduziam com uma forte dor no braço e mão que processavam a escrita. Mas braço e a mão resistiram por que houve um entendimento tácito do quão terapêutico era aquele processo - parecia que havia uma luta interna entre duas partes de mim - sim, havia.
Ao final da aula quando aberto para perguntas, comentários e sensações eu me pronunciei, mas depois fiquei me perguntando: era isso mesmo que eu ia falar? Eu falei do quê pra não falar de quê! Foi então que quase encerrando a aula a Mestra falou algo assim [...] muitos estão presos nos sintomas [...], de repente acendeu uma luz, é isso! Presa no sintoma da orfandade, esquecida de onde vim e que tenho um Sanctum Celestial onde posso me refugiar sempre que necessário no colo do Pai-Mãe-Vida, Consciência Divina – e ser a adulta que minha criança interior precisa.
Que este ditado reverbere por quanto tempo for necessário, para que eu possa acordar e ser como a lua que dorme mesmo na noite escura e que depois de refeita surge bela e branca, derramando doçura ... e assim bailei ao som da Melodia Sentimental de Villa-Lobos e Dora Vasconcelos:
Acorda, vem ver a lua
Que dorme na noite escura
Que surge tão bela e branca
Derramando doçura
Clara chama silente
Ardendo meu sonhar [...]
Sim, ser como a lua que acolhe todas as suas fases: nova, crescente, cheia e minguante.
Fechando e iniciando ciclos!