O amor é uma linguagem universal. E é sobre isso que fala e trata as Constelações Sistêmicas. Onde está o amor?
Quando falo em amor, não me refiro apenas ao sentimento entre os casais, ou entre pais e filhos, ou entre os amigos. Esse sentimento vai muito além do tempo. Ele atravessa gerações curando e transformando destinos. E a falta dele também cruza essas fronteiras que a razão humana não percebe no dia a dia.
Essa falta de amor, ou como chamamos “amor interrompido”, é experienciada através de sintomas ou dificuldades que enfrentamos na vida. Seja em manter-se em um trabalho, de ter um relacionamento afetivo saudável ou mesmo uma doença como o câncer, a depressão, o autismo...
É como se fosse o fluxo das águas de uma cachoeira. Que vem lá do alto até chegar na imensidão do mar. Quando ao longo do seu percurso uma pedra interrompe o caminhar das águas, toda sua trajetória fica comprometida. Os animais, as plantas e toda a biodiversidade que fica à margem do leito, sofrem pela ausência daquela água.
Água é vida! Amor também é vida! É nutrição! É força!
Logo, podemos dizer que nossos sintomas são originados pela ausência de amor.
Quando a pedra é removida do percurso do rio, o fluxo da água volta a seguir normalmente, trazendo vida e alegria a todos que ali vivem.
E como eu retiro essa pedra do meu rio?
Através das Constelações Sistêmicas, que vão até o momento na ancestralidade em que ocorreu o fato que gerou tanta dor ao longo dos anos. Aquele parente que foi excluído ou esquecido é visto e incluso no seio familiar e, consequentemente, todos podem respirar aliviados com o seu retorno.
E o fluxo do amor é reestabelecido. E o sintoma que sinto hoje? Em muitos casos, ele some, como em um passe de mágica, porque o amor sempre traz de volta.
Quanto mais sabermos sobre a nossa história, e como os eventos traumáticos aconteceram, poderemos tomar consciência que o sofrimento que estamos passando é o mesmo que os nossos antepassados passaram. “A verdade vos libertará”.
A medida que nossa consciência toma conhecimento desses fatos traumáticos, olhamos com mais carinho, respeito, compaixão, solidariedade e amor com aqueles que tiveram destinos tão difíceis.
Deus quer que todos sejamos felizes. E quando há uma pedra no caminho, devemos parar, respirar e refletir o porquê do amor não estar fluindo de forma leve e constante.
Algo precisa ser visto e curado.
Nosso olhar deve ser sempre com os olhos do coração e da alma e, assim, tudo ficará bem.