As noites escuras da alma são caracterizadas por memórias pessoais e transgeracionais de sofrimento nas quais a nossa vontade não interfere no seu acontecimento. Mas se estivermos preparados, quando elas acontecerem fará toda diferença para não sucumbirmos.
Quando se fala o termo, vem a nossa mente algo triste, sofrido, cheio de solidão, angústia, ansiedade, como se fosse um deserto pessoal, contudo, é nesse momento que a luz divina brilha. É um momento de grandes transmutações.
A resposta emocional, quando se está nessas noites, é tão desproporcional ao estímulo e ao contexto, que não se consegue olhar além do aparente, pois o trauma é tão grande que fica presa a tal ponto de não conseguir enxergar a solução uma vez que se carrega tanta dor sozinha por aquele sistema que vive trabalhando em prol dele e não da própria vida.
Com o olhar sistêmico é possível perceber esse sintoma e olhar com amorosidade, compaixão, caridade, empatia e cuidado a fim de curar essa dor tão intensa. Vez que são muitos segredos, sofrimentos que aconteceram em duas ou três gerações anteriores.
Toda doença tem cura do ponto de vista sistêmico e não existe uma régua que possa medir a dor do outro. Cada um tem sua bagagem de vida e familiar, por isso em determinadas situações dói mais em um do que no outro.
Quando estamos na noite escura da alma, precisamos de pessoas que segurem a nossa mão, porque é um processo muito solitário, pessoal e intransferível.
Por isso é fundamental sermos amorosos uns com os outros para que possamos gerar uma consciência de manada, emissora de luz divina.
E mesmo nos dias mais escuros, precisamos nos lembrar sempre que existe uma luz de esperança dentro de nós chamada fé no Criador!
“Do sofrimento emergiram os espíritos mais fortes, as personalidades mais sólidas marcadas com cicatrizes.” — Khalil Gibran
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