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O MONGE

O MONGE
Sandy Duwe dos Santos
mai. 29 - 2 min de leitura
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Havia um mosteiro zen que era conduzido por dois irmãos. O mais velho era muito sábio e o mais jovem, ao contrário, era tolo e possuía apenas um olho.

Qualquer forasteiro que quisesse hospedagem por uma noite nesse convento tinha de vencer um dos monges num debate sobre zen-budismo. Essa tradição tinha por finalidade lembrar a todos que vencer alguém num debate propicia somente uma noite de sono, pois no dia seguinte sempre haverá outro debate.

Uma noite, um forasteiro foi pedir asilo no convento e, como o velho monge estava cansado, mandou o mais jovem confrontar-se com ele, com a recomendação de que o debate fosse em silêncio. Dessa forma, o monge tolo não cometeria enganos.

Algum tempo depois, o viajante entrou na sala do monge sábio e disse:
"Que homem sábio é o seu irmão! Conseguiu vencer-me no debate e, por isso, devo ir-me". O velho monge, intrigado, perguntou: "O que aconteceu?"

"Primeiramente, ergui um dedo simbolizando Buda, e seu irmão levantou dois simbolizando Buda e seus ensinamentos. Então, ergui três dedos para representar Buda, seus ensinamentos e seus discípulos, e meu inteligente interlocutor sacudiu o punho cerrado à minha frente, para indicar que os três estão integrados e formam um único ser."

O forasteiro se foi e, pouco depois, entrou o monge tolo, bastante aborrecido. Foi saudado pelo irmão, que lhe perguntou o motivo da chateação. E o caolho respondeu: "Esse viajante é muito rude! No momento em que me viu, levantou um dedo e me insultou, indicando que tenho apenas um olho.

Mas, como ele era visitante, eu não quis responder à ofensa e ergui dois dedos, parabenizando-o por ele ter dois olhos. E o miserável levantou três dedos, para mostrar que nós dois juntos tínhamos três olhos. Então fiquei furioso e, com o punho cerrado, ameacei dar-lhe um soco. E, assim, ele foi embora".

(...)

As pessoas procuram nos outros e na vida a confirmação daquilo em que acreditam e, infelizmente, andam desesperançadas com relação ao amor, como se a infelicidade fosse inevitável. Às vezes uma pessoa nos diz "eu te amo", mas nós entendemos "você não me serve". Distorcemos a realidade, como se tivéssemos um olho só.

E pior ainda: um olho que não enxerga o que acontece...

 

#históriassufis

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