Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
Constelações SistêmicasVOLTAR

O PRIMEIRO AMOR É O PONTO DE PARTIDA PARA QUE TODOS OS RELACIONAMENTOS SEJAM SAUDÁVEIS

O PRIMEIRO AMOR É O PONTO DE PARTIDA PARA QUE TODOS OS RELACIONAMENTOS SEJAM SAUDÁVEIS
Maria Mariete Aragão Melo Pereira
mar. 17 - 7 min de leitura
000

Por isso eu

                                                          Quero voltar ao início de tudo,

                                                          Encontrar-me contigo, Senhor

                                                         Quero rever meus conceitos, valores

                                                         Eu quero reconstruir [...]

                                                         (Primeiro amor – Aline Barros)

As histórias de amor sempre me fascinaram.

Sempre me impressionava como as pessoas eram atraídas umas pelas outras e se casavam.

Meus pais nasceram e viveram em uma localidade muito pequena, onde os habitantes eram parentes e se davam em casamento.

Meu avô materno Beltrão e minhas avós materna Rosa e paterna Francisca eram primos legítimos.

Meu pai, Messias lidava com o gado e com a terra, numa estrutura de cultura de subsistência.

Ele era um dos componentes da comitiva que tangia o gado para outras regiões onde o pasto fosse mais abundante.

Outra coisa que ele fazia muito bem era amansar, domar “burro bravo”.

Minha mãe, Maria, junto com suas irmãs, ajudavam a  minha avó nas lidas domésticas.

A família era numerosa e eles tinham muitos afazeres. 

Sei que ela sabia fazer queijo e tinha seu pequeno rebanho seu patrimônio pessoal.

Meu pai, Messias, casou-se duas vezes e ambas com as filhas de Beltrão e Rosa. 

O primeiro casamento foi com Ângela minha tia e tiveram 8 filhos.

Quando minha tia faleceu, não sei com precisão, quanto tempo depois, meu pai casou-se com minha mãe e tiveram 9 filhos.

O lindo homem de olhos azuis, amansador de “burro brabo” poderia ter casado com a Rita ou com a Bela, mas foi se apaixonar pela Maria, a mais bela, entre todas as filhas do Beltrão e da Rosa.

Sei tão pouco da história de amor de meus pais, convivi apenas até meus quatro anos e meio com eles.

Mas trago na memória algumas cenas que uma criança desta idade consegue guardar e que me levam a pensar que eles foram felizes.

Lembro-me especificamente de três cenas:

A noite minha mãe nos colocava para dormir, e depois nos revistava.

Lembro que eu fechava os olhos e fingia que estava dormindo.

De alguma forma eu sabia que ela precisava desta certeza para ir ter com o seu Messias.

Eu captava algo mágico, sublime.

Me sentia em paz e hoje, eu sei que o que eu sentia era segurança.

Eles estavam em paz, felizes.

Lembro-me que certo dia ela estava varrendo a casa e ele saindo para a lida na roça, e começaram um diálogo, mas não recordo o que eles falaram, sei que ele a olhou de uma forma terna e amorosa enquanto falava.

Ela ficou calma, e eu também.

A última lembrança foi o dia em que minha mãe faleceu, após o parto do meu irmão que hoje é um ser humano lindo.

Neste dia, meu pai rodeado por suas crianças chorava copiosamente.

Penso que ela fez muita falta para ele também, talvez por isso ele não tenha casado mais.

Rememorando estas poucas lembranças que tenho de meus pais, me dou conta de quanta carência criada pelo amor interrompido foi transferida inconscientemente para meus relacionamentos.  

Como meu pai, também fiquei viúva e casei-me novamente.

Percebo que nos dois casamentos, criei a expectativa inconsciente de que eles me fariam feliz.

Com o tempo entendi que não podia continuar atribuindo minha felicidade a outrem. 

Que precisava preencher-me de auto amor para que todos os meus relacionamentos, inclusive o conjugal fosse saudável.

Era necessário e urgente que começasse por mim, foi então que comecei a fazer terapia já avancei bastante, mas ainda estou em processo.

Atualmente estou assim, num caso sério de amor comigo não de forma egoísta, mas de forma respeitosa a mim e ao próximo e neste sentido farei tudo que for verdadeiro, justo, honesto e puro para permanecer neste estado de graça.

 Deixo aqui estas estrofes da música: meu abrigo de Rodrigo Melim e Gabi Melim, como uma auto declaração de amor:

                                        [...]

                                       Desejo a você

                                      O que há de melhor

                                     A minha companhia

                                     Para não se sentir só

                                      [...]

                                      Você é a razão da minha felicidade

                                      Não vá dizer que eu não sou sua cara-metade

                                     Meu amor, por favor, vem viver comigo

                                     O seu colo é o meu abrigo

                                     [..]

E se perguntarem o que de concreto eu tenho feito para alimentar este auto amor em tempos de pandemia, respondo com meu coração:

-Estou em processo de cura, mas primeiro, as primícias, minha conexão constante com o primeiro amor, a fonte que sacia a fome e a sede de amor, meu criador.

É mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.

Depois os remédios naturais: alimentação saudável, atividade física, repouso, sol, vigilância com o que penso, vejo, escuto e leio...aham... não paro aqui, e o meu curso de autoconhecimento, o curso de formação real em constelações sistêmicas com Olinda Guedes.

E se faltar algo vou aprendendo enquanto caminho, sem pausa e sem pressa cabe outra música :“ando devagar porque já tive pressa...” mas fica para um outro texto.

Participe do grupo Constelações Sistêmicas e receba novidades todas as semanas.


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você


    Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica

    Verifique as políticas de Privacidade e Termos de uso

    A Squid é uma empresa LWSA.
    Todos os direitos reservados.