"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses" (Rubem Alves)
Quando iniciei o curso da Formação Real em Constelações Sistêmicas, anotei em um papel como eu estava me sentindo naquele dia, e quais coisas eram importantes, positivas ou negativas. Não me recordo se foi orientação da professora ou por iniciativa própria. Mas coloquei no papel as minhas verdades para aquele momento da minha vida.
Sentia-me exausta, sobrecarregada, insatisfeita e cheia de autocríticas. Precisava de mudança.
Agora, ao chegar ao fim das aulas, retomei aquele pequeno relato e fui fazendo anotações sobre o que mudou. Apesar de ainda não estar aonde quero chegar, muitas coisas se tornaram mais positivas.
Porém, a maior transformação e que mais me chamou a atenção, é que a maioria daquelas coisas foi perdendo a importância à medida em que eu relia. Às vezes, colocamos tantos obstáculos em nossa frente, que esquecemos de apreciar a vida e tudo que temos ao nosso redor. Então ela - a vida - se torna um fardo pesadíssimo para se carregar, ficamos cansados, desistimos, congelamos.
Outras vezes, fazemos um esforço tremendo para mudar, lutando com todas as forças contra tudo o que está acontecendo, e que nos falta clareza para perceber que apenas uma mudança de olhar já seria suficiente.
Calma, respira, alma.
Ama, acolhe, acalma.
Transforma.
E, de repente, a vida ganha outra cor. Tudo aquilo que você lutava para mudar, bastava simplesmente olhar com outros olhos. Algumas coisas naturalmente melhoram, outras simplesmente deixam de incomodar.
As prioridades são substituídas, a atenção e o foco mudam de lugar.
A paz de espírito se faz presente em meio a qualquer caos aparente.
A vida continua sendo a mesma, vinda da mesma fonte. Mas a forma de viver já não é igual, a direção é outra, o sentido é diferente..
A vida é viva!
Ei, e você, está vivo?