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O QUE APRENDI COM O CASAMENTO DOS MEUS PAIS

O QUE APRENDI COM O CASAMENTO DOS MEUS PAIS
Ana Cecília Guimarães Costa
abr. 2 - 4 min de leitura
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Meu  pai nascido no interior do Estado do Ceará, filho de bancário  e de uma dona de casa, era tido como o galã da família, pois se parecida muito com o bisavô  materno. Era o centro das atenções, o mais arteiro, o mais vaidoso, o famoso filhinho da mamãe.

Cresceu sendo mimado e tendo tudo que queria, inclusive, as mulheres mais cortejadas da época, ele podia escolher a que ele "quisesse". Ao completar 18 anos, o pai, muito rı́gido, disse que ele tinha que se alistar no exército para saber "como era a vida". Ao sair do regime militar, viveu a vida intensamente.

Com muita bebida, farra, mulheres... e no meio do caminho conheceu minha mãe, com quem se relacionou pouco tempo, pois ela iria morar nos EUA.

Já que falamos dela, vou apresentar minha mãe. Nascida na capital, Fortaleza, filha de empresário e dona de casa, era a filha mais velha de três  filhos. Sempre teve um relacionamento difícil  com seus pais. Cresceu morando na casa dos "outros". Um tempo na casa da avó  , depois na casa da outra avó , quando maiorzinha voltou a morar  com os pais.

Quando tinha em torno de quinze a dezesseis anos, os   pais decidiram que era melhor ela morar nos EUA, pois havia arranjado um namorado, do qual eles não aprovavam. E ela muito apaixonada, mas sem querer desobedecer os pais embarcou para o paı́s norte americano, onde não passou nem um ano, pois estava com saudades do amado, e voltou para o Brasil afim de encontrá-lo. O romance voltou com força total, e com pouco tempo, veio a gravidez do seu primeiro filho.

A notícia não foi muito bem aceita pelos pais dela, enquanto a   família dele, correu e organizou mesmo sem apoio da outra família, o casamento. Afinal, o novo herdeiro estava a caminho. O início da vida conjugal foi muito difícil, pois sem o apoio da família dela e sem perspectiva de trabalho, ele por ter tido uma criação com  "tudo do bom e do melhor" se via em um beco sem saída.

A bebida e as noitadas foram seu refúgio. Enquanto ela, ficava em casa com o filho pequeno. E a situação só piorou, o bebê nascido tinha poucos meses, ela descobriu que estava grávida novamente.  E agora? Como seria?

Por conta da pressão financeira e com um trabalho difícil, ele continuava a beber, chegando em casa muitas vezes fora de si, gerando violência doméstica na presença dos filhos (a mais nova já nascida).


Esta filha mais nova, é a que vos fala (ou melhor, escreve). Diante de tantos dilemas e situação es expostas ainda tão nova, o  meu senso de responsabilidade se desenvolveu muito rápido. Com isso, conseguia desde muito cedo, entender o que era certo e o que era errado. O que fazia bem e o que trazia dor. E como doía.


Cresci, amadureci mais, tive outros desafios, sintomas e sofrimentos, que me tornaram quem sou hoje. Atualmente, tenho um relacionamento conjugal totalmente o oposto dos meus pais, pois busquei ter uma vida tranquila, com outros valores dos quais vivenciei com meus  pais.

O meu  relacionamento é referência. Sou grata pelo meu cônjuge.

E que meus pais fiquem com as experiências deles,  pois eu estou tendo as minhas.

 

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