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O QUE FAZ O AMOR DAR CERTO

O QUE FAZ O AMOR DAR CERTO
carina oliveira
fev. 24 - 6 min de leitura
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Ao ler o livro Para que o Amor dê Certo de autoria de Bert Hellinger, aprendi a importância de aceitarmos nossos pais como são e que se não fizermos isso iremos rejeitar a nós mesmos e também rejeitaremos nosso parceiro e que se meu parceiro rejeita um de meus pais também rejeita a mim.

Isso é extremamente importante de ser olhado já que vivemos uma “cultura de abominarmos a sogra”. Basta conversar um pouquinho com alguém que logo surge uma critica a sogra.

Se não aceitamos os nossos pais e os pais de nosso parceiro por inteiro como são, logo, não vamos aceitar parte de nosso parceiro, pois somos aquilo que Deus uniu e que o homem não pode separar, somos essa junção de dois seres humanos que dá origem a um novo ser diferente destes, mas que é a soma resultante dos dois. Não pode ser separado.

Quando olho para os relacionamentos dentro do meu sistema, com o conhecimento que tenho hoje, é muito fácil ver que tudo se repete, onde uma tia não foi feliz no seu casamento, primas e primos também não conseguem se relacionar de uma forma saudável.

Se uma mulher que veio antes engravida ainda jovem e cria seu filho sozinha, alguém que venha depois vai repetir essa dinâmica. Se uma avó sofreu muito dentro do seu casamento é fácil ver como os filhos deste casamento também tiveram problemas para se relacionarem e isso vai se repetindo.

Somos seres duais que ao olhar para algo que não foi bom, tendemos a rejeitá-lo fazendo o oposto ou fazendo exatamente o mesmo acreditando que é assim mesmo, pois foi assim que aprendemos com nossos familiares. Sem que percebamos vamos dando continuidade aos emaranhamentos de forma inconsciente.

A parte que poucos sabem é que não precisamos repetir essas relações doentias, podemos nos curar e termos relações incríveis e assim quebrar o ciclo de repetição. Dando lugar a uma nova geração mais saudável.

Como parte deste módulo a leitura do livro "Amor a Segunda Vista", também de autoria de Bert Hellinger, foi outra obra que me trouxe muitos insights, mas a parábola O hospede, fala algo que eu percebo fazer parte de mim e se parássemos para analisar iriamos perceber que isso acontece com inúmeras pessoas.

Essa parábola fala sobre o medo que temos de demonstramos amor, de dizer ao outro que o amamos, ou de fazermos algum gesto para outra pessoa que queremos bem. Quantas vezes estamos com saudade de alguém mas não ligamos por medo de atrapalhar ou porque talvez achamos que a pessoa não vai querer atender?

A parábola fala sobre um viajante que avista uma casa em um lugar ermo e este encontra-se com muita sede e pensa em ir até a casa e pedir algo para beber.

O fazendeiro quando vê o viajante pensa consigo: "Que bom, uma pessoa no meio deste lugar ermo", corre para dentro de casa para preparar uma bebida imaginando que o viajante esteja com sede. Porém o viajante pensa que vai incomodar o fazendeiro e decide passar direto e ao mesmo tempo o fazendeira também pensa que talvez o viajante esteja com pressa então decide voltar as atividades, pois não quer atrapalhar.

Quantas vezes pensamos em fazer algo para alguém que amamos e logo somos tomados por pensamentos que nos faz  desistir porque começamos a acreditar que o outro não vai gostar, que talvez vai nos criticar ou que vamos atrapalhar.

Voltando a parábola citada, na segunda parte da história o viajante encontra outra casa e este já não aguenta mais tanta sede e decidi ir até o fazendeiro, independente se vai atrapalhar ou não. O fazendeiro quando avista o viajante  logo pensa: "Tomará que ele não venha para cá, tenho muita coisa para fazer e não posso perder tempo". Quando o viajante chega e pede água, o fazendeiro não recusa pois seria desumano negar.

O viajante faz um comentário sobre o jardim do fazendeiro e logo eles começam a conversar e acabam passando uma tarde muito agradável. Assim que vai se despedir para seguir viagem o fazendeiro pede para que ele passe a noite ali e prossiga no dia seguinte.

Trago para minha vida a seguinte lição: Não devemos deixar que nos percamos em pensamentos que nos tiram do caminho de sermos o que realmente somos e que podemos sim, demonstrarmos amor sem esperar nada, nem mesmo uma reação.

Em uma das constelações relatada no livro, pude identificar algo que foi muito esclarecedor para mim. O autor fala algo que tocou profundamente minha alma e me trouxe uma clareza de alguns comportamentos que até o momento ainda não tinha tomado consciência e que fez com que entendesse uma parte de mim:

“Gostaria de dizer-lhe mais uma coisa: minha observação é que, quando alguém se encontra identificado com as vítimas por um lado, e por isso, acha-se no direito de estar zangado com outros, então na maioria das vezes ele também se torna culpado, como um agressor. Isso é algo que ainda deveria ser olhado por você, de modo bem pessoal, até que você atinja a paz.”

As vezes temos alguns comportamentos que não sabemos de onde vem, e muitas das vezes ficamos assustados com eles, mas quando temos a oportunidade de saber de onde e porque eles vêm, isso nos liberta e traz paz.

Neste módulo pude entender mais o porquê de muitos sentimentos que me acompanharam por muitos anos e que causaram muita dor e sofrimento.

Agora sei que posso seguir na vida em paz e que posso ter um bom relacionamento comigo mesma e também com os outros, sei que é possível ter um casamento saudável e feliz.

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