A doença é um estado do ser humano que indica que, na sua consciência, ela não está mais em ordem, ou seja, sua consciência registra que não há harmonia.
Essa perda de equilíbrio interior se manifesta no corpo como um sintoma.
Sendo assim, o sintoma é um sinal e um transmissor de informação, pois, com seu aparecimento, ele interrompe o fluxo da nossa vida e nos obriga a prestar-lhe atenção.
O sintoma nos informa que está faltando alguma coisa.
O que está lhe faltando?
O que você sente?
Se nada lhes faltasse, estaria sadia.
A doença se manifesta no corpo como um sintoma.
Então, o que se tem é a comprovação de que algo nos falta.
Falta consciência.
O sintoma não é um inimigo, é um companheiro capaz de nos ajudar a descobrir o que nos falta.
O sintoma é uma espécie de professor que nos ajuda desenvolver e tomar consciência de nós próprios.
O primeiro sinal de uma doença é quando a pessoa se sente bem e desconfortável ao mesmo tempo.
Não sei o que está acontecendo comigo.
Isso significa que ela já está doente.
É um sinal de exclusão, tem algo pedindo para ser percebido.
O que precisa ser incluído para o bem-estar tornar-se presente?
O caminho para a saúde é incluir-se.
Todo sintoma significa, em primeiro lugar, uma auto exclusão.
O que se passa com você?
Como está sua vida?
Onde na sua vida o amor, humor e alegria precisam estar mais?
Uma doença também pede para trilharmos o caminho da ordem.
É fundamental para curar-se, reordenar.
Reordenar as tarefas, a missão e o propósito de vida.
Gratidão e generosidade são partes essenciais desse caminho.
Um sintoma aparece quando violamos a ordem da ajuda, quer seja quando exigimos demais, quando oferecemos demais, ou simplesmente quando damos as costas, desqualificando tudo de bom que nos é dado.
Na abordagem sistêmica, chamamos esse caminho de equilíbrio entre o dar e o receber ou princípio da compensação.
Para curar é necessário recuperar a ordem:
-Eu pertenço ao meu corpo, sou dele.
Amado corpo, o que você quer de mim?
O que você precisa?
O corpo sabe.
A condição para cura é concordar com o sintoma, pois quando um sintoma é combatido e recebe a informação que diz eu quero me livrar de você, ele se torna mais forte, pois não podemos nos livrar de um sintoma.
Ele pode ser transformado em uma força e em cura quando cumpriu sua missão no sistema a que pertence.
Pertencemos por meio do amor ou por meio da dor.
Três dinâmicas básicas resultam em doenças graves, acidentes, suicídios e homicídios nas famílias.
A primeira dinâmica é eu sigo você.
A segunda dinâmica: os filhos assumem o trabalho para o pai, então diz: melhor eu do que você; ou: eu vou em seu lugar.
A terceira dinâmica é a expiação de uma culpa.
Nesse caso, a ideia é de que, por meio do próprio sofrimento, com a própria morte, evita-se a morte de outra pessoa.
Doenças apenas mostram caminhos onde o amor foi ferido.
Doenças, mortes precoces, são apenas tentativas da alma para que o amor volte a fluir.
As doenças graves e as doenças crônicas mostram que naquela família existe uma urgência do destino.
A doença sempre pede uma mudança.
Curvar-se diante dos pais e antepassados é um movimento para a paz e reconciliação.
As expressões populares demonstram a linguagem do corpo
Quando há perigo, ameaça, isto não me cheira bem.
Quando é ameaçador, quando é rude, não suporto nem chegar perto, não quero tocar.
Quando na vida, algo é difícil de encarar, não suportamos olhar.
Quando há perigo, fica com seu olhar para isso, fica de olho, ou os olhos ficam arregalados: medo.
Quando a vida está difícil, pode ser um osso duro de roer, então, o indivíduo pode desenvolver doenças ósseas: reumatismo, osteoporose.
As pessoas vivem de saco cheio.
Observe o índice de doenças de próstata, mamas, útero, ovário.
Coisas difíceis de engolir, as dores de garganta, de estômago.
Arrastar-se na vida.
Observe quantas pessoas com problemas de locomoção, de realização.
Todas essas expressões demonstram o saber dos sentidos.
O nosso corpo é o lado visível da alma, e a alma o aspecto invisível do corpo.
Os sentidos são a expressão dessa conexão; se está tudo bem, sente-se bem, senão está bem, eles falam.