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O SINTOMA COMO CAMINHO

O SINTOMA COMO CAMINHO
Sarah Borges
jul. 25 - 4 min de leitura
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Pela visão das constelações sistêmicas o sintoma é um amigo amoroso, um alerta da alma para uma carência essencial que clama pela nossa atenção para que se enxergue além do aparente. Quando algo não está bem, isso precisa ser validado e cuidado para que o equilíbrio se restabeleça.

Quanto maior o sofrimento experimentado por este sistema, quanto mais grave o sintoma se apresenta, pois, maior é a necessidade de mudança, de correção, de recuperação.

Para fazer as mudanças necessárias é importante identificar o que está acontecendo de errado na alma deste indivíduo. É lidar com a causa, com aquilo que deu origem à doença e não com a sua manifestação no corpo físico.  É entender que o sintoma funciona como sinal de alerta, um guia para qual a mudança o corpo e o sistema solicitam que seja operada.

Neste processo é importante questionar como a vida está funcionando em três aspectos, ou seja, saber se a pessoa doente está feliz onde ela está vivendo, se está feliz com quem ela está vivendo e se ela está satisfeita com o trabalho que desenvolve. Esses três pontos representam o retrato da situação em desequilíbrio nesse organismo. Ajustar estes pontos leva ao entendimento, à compreensão e a cura.

A doença geralmente é o fator que leva as pessoas para a terapia e foi o que me trouxe para a constelação. Desde os dois anos de idade comecei a apresentar sintomas de sobrepeso e compulsão alimentar e já na adolescência passei por todo tipo de tratamento médico inclusive intervenção cirúrgica.

Após mais de cinquenta anos de tentativas frustradas de emagrecimento ingressei na jornada de cura pelo autoconhecimento. Confesso que ainda não consegui diminuir meu peso, mas hoje eu consigo olhar para mim de forma amorosa e aceitar que foi por amor a algo maior que cheguei até aqui.

Com a prática incipiente do estado de presença e das percepções constelatórias, estou aos poucos, compreendendo que muito do que eu carrego não é só meu, mas de todo o meu sistema que passou por muitas dificuldades, necessidades, orfandades materna e paterna, ausências de masculino e feminino e que, por amor cego, me disponibilizei para ser este canal de honra e fidelidade a toda escassez vivenciada por eles.

Neste processo estou tentando trabalhar meu corpo físico alinhado à mente e à alma. Por meio do conhecimento e respeito às leis sistêmicas, busco o equilíbrio para que a verdadeira cura aconteça. Observo o quanto a quebra dessas leis trouxe risco à minha saúde e ao meu estilo de vida pouco saudável.

Aos poucos estou aprendendo a me amar e ser amada e a sair da rota de declínio imunológico. Isso porque as boas sensações ajudam a fortalecer corpo, mente e alma contra qualquer estímulo negativo.

Confesso que é difícil experimentar uma mudança de verdade em nossas vidas, mas é perfeitamente possível. A clareza e a crueza da verdade nos movem para que nos livremos de comportamentos erráticos em prol de todos. O resgate ao amor nos torna unidos e bem equilibrados. Prestar atenção ao corpo e o que ele nos mostra ajuda a interpretar nossa vida e buscar a ajuda necessária.

Quando se trata de saúde emocional, trabalhar os sentimentos tanto quanto pudermos e deixá-los em harmonia faz toda a diferença. Nossos pensamentos ajudam a completar a tríade da boa saúde. Evitar pensar de maneira tão negativa em relação a si, aos outros e com a própria vida pode levar à crença de que no amor está a saúde.

Geralmente a dor é originada na alma e na mente e posteriormente acaba por afetar o corpo físico. Isso acontece porque esses aspectos da existência estão intimamente ligados. E todo esse declínio acontece porque não executamos o ato de amar da forma como deveríamos. Por conta disso, acabamos adoecendo de dentro para fora.

A cura pelas constelações faz com que enxerguemos além do momento que vivemos. E da mesma forma que a doença chega, a cura também vem de dentro para fora.

#mod04

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