Para sermos bons terapeutas, precisamos sempre respeitar as seguintes ordens da ajuda. A primeira ordem diz que só podemos oferecer aquilo que temos e que só podemos pedir o que realmente necessitamos. Assim como também de entregar apenas aquilo que o outro necessita.
O equilíbrio é a chave tanto para quem doa quanto para quem recebe.
A segunda ordem diz respeito ao fato de que devemos tomar a realidade exatamente como ela é, considerando toda história e vivência das pessoas que chegam até nós, sem insistir em ajudar, porque isso pode prejudicar o auxiliado e a nós mesmos. Portanto, é preciso compreender quando é hora de agir, de se retirar e aceitar com humildade e sabedoria.
A terceira ordem da ajuda remete ao fato de tratarmos o outro como adultos capazes, deixando de lado toda e qualquer onipotência. Empodere-o de modo que ele perceba que é o autor de sua história e responsável por suas escolhas. Posicione-se sempre de maneira adulta e madura.
A quarta ordem implica em ouvirmos bem nossos clientes, não considerando o aqui agora apenas, e sim todo seu sistema familiar. Nessa abordagem o cliente nunca será o certo ou o errado da história.
Todos do sistema devem ser acolhidos e amparados com o mesmo respeito, não julgamento e compaixão que o cliente.
A quinta ordem da ajuda diz que devemos apenas aceitar os casos que temos um bom lugar em nossos corações.
Uma certa vez, no meu atendimento clínico, tive que recusar a atender uma adorável garotinha de 4 anos de idade, porque eu não conseguia dar um bom lugar no coração para a mãe dela.
Por esse fato eu já sabia que não conseguiria ser uma boa terapeuta para ela e assim encaminhei para um outro terapeuta.
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