Neste módulo aprendemos sobre as ordens da ajuda e que temos equilíbrio ao fazê-la. Hellinger dividia a ordem da ajuda em cinco formas. A primeira ordem da ajuda consiste, portanto, em dar apenas o que temos, e em esperar e tomar somente aquilo de que necessitamos. O desequilíbrio está quando uma pessoa quer dar o que não tem, e a outra quer tomar algo de que não precisa; ou quando uma espera e exige da outra algo que ela não pode dar, porque não tem.
A segunda ordem da ajuda está a serviço da sobrevivência, por um lado, e da evolução e do crescimento, por outro. Quando a ajuda deixa de considerar as circunstâncias externas ou se recusa a admiti-las, ela se condena ao fracasso. Para muitos ajudantes, o destino da outra pessoa pode parecer difícil, e gostariam de modificá-lo; não, porém, muitas vezes, porque o outro o necessite ou deseje, mas porque os próprios ajudantes dificilmente suportam esse destino.
E quando o outro, não obstante, se deixa ajudar por eles, não é tanto porque precise disso, mas porque deseja ajudar o ajudante. Então, quem ajuda realmente está tomando, e quem recebe a ajuda se transforma em doador.
O desiquilíbrio da ajuda ocorre, neste caso, quando o ajudante nega as circunstâncias ou as encobre, ao invés de encará-las, juntamente com a pessoa que busca a ajuda. Aqui encontramos as ordens de ajuda entre pais e filhos e, principalmente, a relação entre a mãe e o filho.
Os pais dão, os filhos tomam, e esta relação perdura até os filhos se tornarem adultos. Quando atingem esta fase, os pais tem que mostrar o caminho para se tornarem independentes, ou seja, não serem permissivos e os deixarem assumir suas responsabilidades.
Na terceira ordem da ajuda, muitos ajudantes, por exemplo, na psicoterapia e no trabalho social, acham que precisam ajudar os que lhes pedem ajuda da mesma forma como os pais ajudam seus filhos pequenos. A terceira ordem da ajuda seria, portanto, que, diante de um adulto que procura ajuda, o ajudante se coloque igualmente como um adulto.
O desequilíbrio ocorre quando um adulto faz ao ajudante as exigências de um filho a seus pais, para que o trate como criança, e o poupe de algo pelo qual somente o cliente pode e deve carregar a responsabilidades e consequências.
A quarta ordem da ajuda é quando o ajudante percebe de quem o cliente precisa, e a quem ele possivelmente está devendo algo. O ajudante realmente percebe o cliente a partir do momento em que o vê junto com seus pais e antepassados, e talvez também junto com seu parceiro e com seus filhos. O desequilíbrio da ajuda, neste caso, vem de não ver e analisar as outras pessoas que pertencem a este sistema, principalmente os excluídos.
A quinta ordem da ajuda: o trabalho da constelação familiar aproxima o que antes estava separado. A quinta ordem da ajuda é portanto o amor a cada pessoa como ela é, por mais que ela seja diferente de mim. O desequilíbrio da ajuda seria aqui o julgamento sobre outros, que geralmente é uma condenação, e a indignação moral associada a isso.
Nas ordem da ajuda quem realmente ajuda, não julga.