Início este texto com esta frase de Bert Hellinger, com a qual ele inicia seu livro Ordens da Ajuda:
“O que significa ajudar? Ajudar é uma arte. Como toda arte, faz parte dela uma faculdade que pode ser aprendida e praticada. Também faz parte dela uma sensibilidade para compreender aquele que procura ajuda ...”
Quando uma pessoa decide atuar na área do desenvolvimento humano é necessário, além da formação profissional, desenvolver-se na direção da arte da ajuda, aprender habilidades específicas de escuta, de acolhimento, de empatia. Por isso Bert cita a “sensibilidade para compreender aquele que procura ajuda”.
As ordens da ajuda foram classificadas em cinco por Bert Hellinger:
Ordem 1 – Dar apenas aquilo que se tem e tomar para si somente o que é necessário. Observa-se aqui a importância do equilíbrio entre quem dá e quem recebe, e respeito aos limites de si próprio e do outro.
Ordem 2 – Permanecer humilde dentro dos contextos. Estar disponível à ajuda, sem pretensões, pois somos apenas facilitadores.
Ordem 3 – Estabelecer uma relação de adulto com o ajudado. Despertar a percepção de que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos, pelos erros e acertos.
Ordem 4 – Exercitar o olhar sistêmico para o ajudado, incluindo suas dores, suas relações, seus pais , avós.
Ordem 5 – Não julgar. Cada um de nós construiu sua vida com o que lhe era possível. Respeitar e honrar significa aceitar a história como é, dando um bom lugar em nosso coração.
É importante que o terapeuta fique atento a estas ordens da ajuda, pois quando essas ordens são quebradas, o processo de ajuda fica comprometido.
Por isso é fundamental que o terapeuta tenha autoconhecimento, esteja trabalhando suas questões para saber separar o que é seu e o que é do seu cliente. Precisamos estar centrados e atentos.
Finalizo com a frase da mestra Olinda Guedes “quem se importa serve, e só serve quem se importa.