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ORDENS DO AMOR

ORDENS DO AMOR
Gisele Reis
mai. 18 - 4 min de leitura
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Curso: Formação Real em Constelações Sistêmicas

Turma 1

A partir das aulas da Mestra Olinda, entendi que um sistema é um conjunto de elementos interdependentes que formam uma organização.

Vivemos em um sistema universal que se compõe de outros sistemas.

Nosso próprio organismo é um sistema, também composto por subsistemas. Assim, podemos dizer que estamos todos interligados de alguma forma. Então o que atingir um desses membros, também nos afetará.  

Bert Hellinger, em suas observações e experiências compreendeu holisticamente essa correlação entre tudo o que compõe o universo. Ele entendeu que em todo sistema há uma ordem que o faz funcionar e cumprir seu propósito maior.

No sistema familiar, assim como em outras organizações, Hellinger identificou e definiu as regras fundamentais para sua existência: As Ordens do Amor.

Elas são, como disse Sophie Hellinger, os princípios básicos da vida.

Essas ordens atuam em nós, mesmo que não as entendamos racionalmente. Nós as percebemos, como ao sentido e à alma, por seus efeitos.

Um sistema é auto-regulável e quando acontece algum desequilíbrio ou transtorno, ele logo procura se reorganizar para que a vida continue funcionando. Os emaranhamentos, então, acontecem quando existem desordens no sistema. 

A primeira ordem do amor é o direito ao pertencimento e diz que todos os membros de um sistema tem direito a pertencer ao mesmo. Quando existe uma exclusão de um membro, seja qual for o motivo, causará um desequilíbrio e posteriormente um emaranhamento nesse sistema.

As exclusões acontecem de forma inconsciente e, muitas vezes, através de um julgamento, como por exemplo, alguém que não aceito porque não pertence à minha religião; uma pessoa que causou um sofrimento muito grande à minha família e queremos esquecê-la; uma tragédia que acometeu a família e por isso ninguém toca nesse assunto do passado. 

Muitas vezes se passam algumas gerações até que alguém da família possa trazer essa situação à tona e poder fazer a reparação dessa exclusão.  

A segunda ordem do amor é o equilíbrio entre dar e receber.  Todos nós vivemos nossas relações como em uma balança onde, todo o tempo um dos braços pesa mais de um lado e outras vezes, do outro. Isso faz parte do movimento da vida e acontece em todas as relações que temos, desde a família até amigos, trabalho, escola. Esse jogo de dar e receber é a dinâmica que nos mantém vivos.

Quando damos ou recebemos demais ou de menos, desequilibramos essa balança causando sentimentos como desrespeito, não merecimento, indiferença, revolta, ingratidão no outro. Muitas pessoas tem uma falsa crença de que somos bondosos quando damos muito, sem querer nada em troca, mas é preciso respeitar a necessidade real do outro.

Às vezes a outra parte sequer pediu ajuda e já estamos nós providenciando a solução.

Com relação aos nossos pais, todos somos devedores, em princípio, pela vida que nos deram. Mesmo quando esses pais não foram bons para nós ou nos abandonaram, ainda assim nos deram nosso bem maior que é a vida. Isso não quer dizer que temos que amá-los, porém apenas "tomá-los", reconhecendo o que nos deram. 

A terceira ordem do amor fala da hierarquia dentro do sistema e do respeito aos que vieram antes de nós. Esses são mais experientes e tem prioridade na família. Os desequilíbrios acontecem quando, inconscientemente nos sentimos "maior" que nossos antepassados invertendo essa ordem e desrespeitando os mais velhos. Normalmente isso acontece por amor. Podemos achar, por exemplo, que nossa mãe não pode resolver sua relação difícil com o pai e sofre por isso, então interferimos, mesmo que com boas intenções.

Queremos salvar nossos pais, mas só conseguimos criar um emaranhado, complicando mais ainda e levando o sistema à desarmonia.

Todas essas transgressões acontecem por amor e por fidelidade à família.

Somos todos fiéis e capazes de tudo pelo bem do sistema, até mesmo morrer por ele.

O papel da constelação sistêmica é trazer à luz da consciência esses episódios que causaram os desequilíbrios para que possam ser reparados, curados e incluídos, a fim de,  assim desatar o emaranhamento. 

 

#CONCLUSÃO MÓDULO 02

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