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OS SINTOMAS SÃO UM PEDIDO DE SOCORRO

OS SINTOMAS SÃO UM PEDIDO DE SOCORRO
Fabiana de Lima Souza
mar. 30 - 5 min de leitura
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Há algum tempo li um livro que se chama “O corpo fala”. Me encantei como o nosso corpo demonstra através de atitudes e ações o que estamos pensando e sentindo. Se estamos gostando ou não de uma conversa, de uma aula, enfim, ele dá sinais, reage através de movimentos que realiza.

Sugiro uma série bem bacana chamada “Lie to Me”, onde os protagonistas são especialistas em analisar as ações das pessoas, colaborando com a polícia para prenderem ou absolverem suspeitos de crimes. Ao estudar esse módulo, compreendi que o corpo não só age como também nos ensina a perceber o que ele está falando, através de sintomas como dores, tosses, febres.

É estranho como nós muitas vezes sabemos o que nos causa dor e não fazemos nada para nos curar. 

Hoje eu sei que esse não fazer nada, vai muito além do aparente, parafraseando Olinda Guedes. Está ligado a nossa lealdade e aos ônus de nosso sistema, as nossas memórias transgeracionais. Trabalhamos para os nossos antepassados, carregando aquilo que eles não deram conta de carregar ou resolver.

Parece injusto se pensarmos que não fomos nós que cometemos determinadas ações, mas temos que pagar por isso. Agimos de forma inconsciente muitas vezes e em algumas vezes, isso parece até ser reconfortante quando se trata da aceitação de uma doença ou da desculpa de não querer uma mudança ou transformação. Quando encontramos as constelações sistêmicas, começamos a olhar para os nossos antepassados com gratidão e reverência e essa carga começa a ser trabalhada para ser resolvida. Olhamos pra eles e dizemos: eu sinto muito pelo que vocês passaram, eu te respeito, mas devo seguir em frente com minhas próprias dores e escolhas. 

Cito uma frase que falo sempre pra mim mesma: “Eu não serei diabética. Não recebo essa herança de minha mãe, pois tenho conhecimento e é meu dever colocá-lo em prática. Quando me separei, a maior dor  que senti não foi nem por perder o marido, mas foi ser a filha separada. Pensava que meus pais não se orgulhariam mais de mim.

Se meu Ex marido não tivesse terminado tudo, talvez eu estava até hoje infeliz e vivendo um casamento de aparência.

Um casamento sem o segundo pilar dos relacionamentos que é a alegria mútua e o equilíbrio da sexualidade. Gratidão, por você ter me tirado de um relacionamento de mentira.

Bem que você disse que um dia eu iria te agradecer.

Eu estava me anulando, me afundando em mágoas e ressentimentos. Às vezes sinto que minha mãe em algum momento do casamento viveu assim, mas não conseguiu se libertar. Por mais que eu amo infinitamente meu pai, sei que ele traiu minha mãe, e me lembro nitidamente do medo que senti que eles se separassem.

Me lembro claramente das noites em que eu chorava pedindo a Deus para que eles se reconciliassem. Minha mãe escolheu perdoar, mais hoje me pergunto se ela ainda sofre com isso.

No início da minha separação, eu achava que estava sendo egoísta por não ter permanecido casada como ela. Foi difícil me libertar desse sentimento de não merecer ser livre e mais feliz. Minha relação com minha mãe até se conflituou por algum tempo. Hoje estou curada desse sentimento de ser filha separada e de que não fui leal com a mãe. Consigo enxergar mais suas dores e dar mais amor e gratidão a ela. Porque contei tudo isso?

Para mostrar que realmente os sintomas de dores são as chaves da libertação da alma, e é possível se curar antes que eles se transformem em doenças incuráveis e fatais. Os sintomas devem ser vistos como aliados, como nossos melhores amigos, aqueles que nos dizem a verdade, aqueles que dizem o que precisamos realmente ouvir.

Como disse Cortella em uma de suas palestras, “Uma das coisas mais perigosas da vida é gente que concorda com você o tempo todo.” Os sintomas são os amigos que discordam de nós, que nos sacodem.

Então, quando eles aparecem, antes de tomar um remédio, se pergunte o que está fazendo? Quais as minhas angústias? Eu realmente gosto da vida que tenho? E se não encontrar respostas em sua experiência humana, olhe para suas gerações passadas.

Veja-os, cure-os e se curará também. 

#mod04

#sintomas como socorro

#linguagem do corpo

#corpofala

 

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