Quando criança gostava de ouvir e ler as historinhas. Não sabia na época que eram contos de fadas. Gostava bastante da cinderela, mas a que mais me marcou foi a dos três porquinhos, não sei como eram as casas dos meus antepassados, mas no sítio onde nasci tinha uma velha casa com chão de barro e bem pequena que foi a primeira casa da família quando vieram morar ali.
Eu já nasci na casa de tijolo que era grande, porém muito simples, mas devido a história dos três porquinhos eu achava que não era pobre, porque tinha uma casa de tijolos. Nunca gostei de dormir em casa de madeira, pois a noite a madeira costuma estalar e eu tinha medo. Também tinha medo das frestas das casas de madeira.
Agora entendo também porque em dias de vento eu fico irritada, o lobo mau soprava a casa de palha e a casa de madeira deles caíam, pode ser que o vento tenha derrubado as casas de algum antepassado meu.
Meu filho quando criança pedia insistente para que eu lhe comprasse algo; eu e o seu pai explicávamos que não dava para comprar, mas ele voltava a insistir. Então eu disse a ele: “Meu filho não dá para comprar, a gente é pobre!”, ele arregalou os olhos e com muito espanto disse: “Meu Deus, a gente é pobre?”. Na época achei engraçado e ri muito mas comparando com o que eu sentia quando criança vejo que ele também carregava esse medo de ser pobre.
Queridos antepassados: O vento não vai derrubar a nossa casa! Queridos antepassados: Agora, nós temos alimentos em abundância! Queridos antepassados: Agora não precisamos mais ser pobres!
Ah que bom que eu sei.
#Mod06#conclusão