O conto de fadas que mais lembro da minha infância é o do lobo mau e dos três porquinhos. Cada um deles construiu uma casa para se proteger do lobo.
O primeiro construiu uma casa de palha; o segundo, de madeira; e o terceiro, de tijolos.
Quando se aproximou o lobo mau, com um sopro, destruiu a casa de palha, depois, a de madeira. Correram, então, os dois para a casa de tijolos que o lobo não conseguiu derrubar.
Me identificava muito com os primeiros dois porquinhos, porque, com certeza, era muito bom terminar as obrigações e descansar. Mas, com o tempo e a dedicação da minha mamãe, fui aprendendo que o melhor mesmo era fazer um serviço bem feito e descansar no final, com a consciência limpa e em paz.
Eu até brinco hoje que aprendi muito a ser dedicada, de tanto que ouvi a histórias dos três porquinhos, porque a vontade é realmente seguir nosso cérebro reptiliano e fazer só casinhas de palha.
A riqueza dessa história está em mostrar à criança que é preciso deixar a preguiça de lado e fazer com capricho os deveres nos quais se começa a controlar seus desejos para dar lugar às pequenas responsabilidades ao longo dos anos.
É uma historinha simples, mas que mostra o processo de amadurecimento. Considerando a criança e sua casa de palha como o período da infância e seu importante brincar.
É possível associar a casa de palha com a infância. A casa de madeira com a adolescência, já que foi feita de forma mais elaborada, mas, ainda assim, é frágil e facilmente derrubada. A casa de tijolos já representa a fase adulta, pois é forte e bem elaborada.
Assim é como devemos ser quando adultos.
O fato de agirmos corretamente é bem pontuado nessa história, porque, afinal de contas, o mau se deu mal, não é?