Meu Pai veio do Japão para o Brasil com 4 anos, ele tinha um irmão gêmeo, era o 2º filho de 4, o filho homem mais velho.
Minha Mãe nasceu no Brasil, filha de imigrantes japoneses, era 2ª filha de 11, a filha mulher mais velha. Minha avó materna, era a filha mais velha de 3 irmãos. Sou a filha mais velha de 6 irmãos.
As famílias dos dois vieram trabalhar inicialmente na lavoura, no interior de São Paulo.
Quando se conheceram, através de amigos comuns, eles moravam na capital de São Paulo. Ele tintureiro e ela costureira.
No mesmo dia em que meus pais casaram, seu irmão gêmeo casou também. Na foto deste post, o vestido de noiva!
Fico imaginando quais eram os seus sonhos, diante da nova vida. Minha Mãe deixou a costura no atelier para cuidar da família. Meu Pai deixou de ser tintureiro para ser motorista de táxi e depois caminhoneiro.
Quantos desafios ...
Mudávamos de casa a cada 2 anos, em função do aumento do aluguel. Por um lado, isso nos ensinou a conhecer novas pessoas, novos hábitos, novos lugares.
Prometi a mim mesmo que só casaria quando tivesse a casa própria. Agora eu compreendo ...
Das nossas constantes mudanças, também ficou a certeza de continuar em frente apesar das dificuldades, de acreditar em dias melhores, sempre estimulados a estudar e trabalhar.
Minha Mãe me dizia, que o homem que não sonha está morto. Ela doente com câncer, sonhou comigo o vestido de formatura do atual ensino fundamental.
Chegou à formatura, uma das propostas era fazer uma viagem, que o meu Pai apoiou. O que não aconteceu com os demais pais, e no final houve o baile de formatura, e lá estava eu com o vestido azul.
Gratidão, Meu Pai !
Gratidão, Minha Mãe !