Nessa última semana fez 32 anos de sua partida, eu tinha 15 anos, nesse tempo não tinha entendimento nem conhecimento da profundidade do que era a relação pai e filhos.
Ah pai, hoje eu te vejo.
Agora eu sei, e sinto o que quer dizer essas frases. Sei como foi difícil sua caminhada, sua luta diária. Não contribuir em nada para um alivio, pelo contrario, mas agora compreendo e respeito seus movimentos. Nunca é tarde para aprender e compreender.
Nunca é tarde para acolher o abraço não retribuído, as palavras de carinho não ditas, mesmo que não fisicamente. Através do conhecimento e ensinamentos da professora e mestra Olinda, atravessamos a barreira do tempo.
Nunca é tarde para ter uma infância feliz.
Eu posso sim te sentir e ter ver meu pai Fernanda, posso te abraçar, te sentir e dizer, eu vejo você, eu sinto você e toda a força do masculino do sistema, a coragem, o amor, a garra que vem de tão longe e com tanta intensidade. Eu vejo e recebo com reverencia, compreensão, honra e amor que não imaginava ter.
Agradeço todas as lutas, as batalhas, as histórias e os acontecimentos do jeito que foram e como foram.
Gratidão a todo esse masculino que hoje ganha força em mim.