Andava ingênua pela vida, borboleteando de lá para cá, sem prestar atenção para as pequenas concessões e abusos que ocorriam toda a vez que eu me sentia triste e desamparada.
Havia uma busca incessante de acalento e colo que me levava lentamente a gostar de comer massa em excesso.
A massa entraria constantemente nos meus hábitos alimentares como um remédio as minhas dores emocionais, pois quando eu comia o sono logo aparecia e me fazia adormecer e esquecer o que passou.
Eram períodos cinzas e meus dias passavam um por vez sem nada de novo ou transformador até que um dia comecei a ler com dificuldades, fui ao oftalmologista e depois ao endocrinologista pesquisando a causa, depois de vários exames a diabetes foi diagnosticada.
A primeira reação foi uma surpresa, porque achava que tudo estava bem e na verdade constatei que não.
Eu não percebia a periodicidade que os alimentos nocivos eram consumidos por mim; tomei com o susto, a atitude de mudar a alimentação, comecei a me exercitar e fazer boas escolhas, mas não durou.
Quando comecei a ter contato com a minha mãe biológica a inconstância surgiu, um medo incontrolável surgia e comia mais do que antes, principalmente, quando eu tive a atenção dela e por ela me contar que a minha avó materna era diabética.
Fiz terapia e constelações por várias vezes para entender esta dor, conclui que a massa me remedia diretamente a minha ancestralidade, pois sou descendente de italianos e a diabetes retratava perfeitamente a tristeza do rompimento de vínculo que tive com minha mãe.
Neste, período ela desapareceu.
Estava curada.
Até que aparecesse a endometriose severa intestinal que veio silenciosa e assintomática me levando a uma nova etapa de tratamentos físicos, psicológicos e familiar.
Uma dor silenciosa tomou conta de mim e da minha filha e ambas tivemos o mesmo diagnóstico de endometriose, entrelaçadas pelas mesmas dores com os nossos pais.
O meu pai é um segredo para mim um homem invisível que nunca teve o direito de ser revelado.
Os sintomas só pedem de mim que eu reconheça os meus pais biológicos e que eu cure as minhas carências seriamente e constantemente, pertencendo e deixando pertencer meus pais, meu ex-marido e toda a ancestralidade.
Eu estou disposta com este curso a reconhecer todas as minhas dificuldades e curá-las em todos os seus níveis.
A compor um novo hábito emocional e afetivo, bem como a novas rotinas alimentares e de exercícios físicos.
A união que tenho com a minha filha está sendo convergida na busca de conhecimento e soluções o que nos levou conjuntamente a fazermos este curso e entrarmos na caminha de uma boa saúde e na prática de exercício conjuntamente.
Desta jornada já estamos aproveitando os sinais que nossos corpos nos davam para realizar um reforma íntima.