Tinha 14 anos quando pela primeira vez eu pensei em acabar com minhas tristezas.
Aproximei-me da janela de um dos cômodos do apartamento (6º andar), e me impulsionei para me lançar, porém um peso me segurava para não sair do lugar. Esse pensamento não me assustava mas me deixava vulnerável.
Com 18 anos, enfrentei mais um momento de grande tristeza, quando meu pai demonstrou descontentamento na minha relação com meu namorado por ele ser negro.
A tentativa de suicídio quase me tirou a vida. Ingeri praticamente 1 cartela de calmantes (tarja preta) que mamãe tomava em razão da depressão dela.
Só me lembro de acordar 1 dia depois, num quarto de uma clínica recebendo os cuidados necessários.
Esses pensamentos de suicídio sempre me acompanharam, e hoje eu percebo que surgem quando me deparo com situações de aceitação, de olhar para o problema com compaixão.
Achei interessante que durante esses pensamentos de morte, lembrei-me de uma história de um antepassado que morreu durante a 2ª guerra mundial, todavia, combatido durante uma simulação que por engano foi confundido com um inimigo.
Antenor Guirlanda, era seu nome, primeiro pracinha brasileiro a tombar na Itália. Antenor era filho de Ana Guirlanda e Carlos Guirlanda, irmão caçula da minha Bisavó materna Ugolina. Minha bisa chegou a amamentar o próprio irmão que tinha a mesma idade do seu primogênito, meu avô Carlos. Ugolina recebeu das mãos dos soldados a farda de Antenor, mais parecendo um queijo suíço.
Ela mantinha essa memória com muita dor.
Meus queridos antepassados...agora eu sei! Eu sinto você Antenor!
Levo como aprendizado desse módulo 9, especialmente durante a aula 4, o ditado evangélico: Aqui entra luz em nome de Jesus!
#mod09