“Morte é despojar-se de tudo o que não é você”(Eckhart Tolle).
Eu vejo pessoas com a alma, com o corpo, com o ser em estado de profundo sofrimento. Sei reconhecer de longe alguém sofrendo, muito mais do que pessoas felizes. Isso não deveria ser normal.
Mas, para muitos, viver é sinônimo de sofrer.
Nesta perspectiva, até nossas tentativas de nos relacionarmos com outros, são formas de dividir o peso do nosso sofrimento com alguém. Afinal, só damos aquilo que temos. E o sofrimento que temos foi o que recebemos de nossos pais. Este é mais um motivo para não o abandonarmos...
Na jornada da cura, aprendemos que o sofrimento pode ser um hábito, um padrão, não uma verdade fixa, imutável, nem uma sentença escrita em tábuas de pedra ...
Abandonar velhos hábitos pode ser desafiador...
A boa notícia é que podemos fixar nosso olhar nas novas possibilidades e nos benefícios que elas nos oferecem.
Você está pronto, pronta para a mudança?
Somos muito apegados às nossas histórias, aquelas ficções que criamos sobre nós mesmos...
Ouvir novas versões da nossa história cria uma desorganização do nosso mundo interior, para a qual nunca nos julgamos preparados. A cura exige que percamos o controle, que superemos nossos pensamentos, aqueles velhos atalhos. Então, abre-se um movimento muito maior que faz surgir algo novo no momento em que as certezas que moram em nossas ficções são demolidas. É um processo de morte.
A cura vem quando ficamos cara a cara com a morte e nos curvamos diante dela ...
Então, ela leva todo o sofrimento embora.
Se estivéssemos atentos ao que nos acontece, isto é, atentos à realidade de morte e renascimento pela qual passamos todos os dias, teríamos uma outra postura diante da vida.