A complexidade que caracteriza o sistema que é a vida destaca, no estudo do módulo 4, os termos sintoma, doença e milagre.
Também é preciso ter um olhar atento para compreender as forças atuantes nesse sistema, o campo morfogenético, seu corpo de dor e a consciência.
Porque o corpo tem a capacidade de se desenvolver, curar-se e assim se manter, como nos ensina Rupert Sheldrake, no livro Ciência sem dogmas.
Isso é reforçado por Bruce Lipton, no livro Biologia da crença, explicando que as células aprendem nas experiências com o ambiente e produzem um tipo de memória que é passada aos descendentes.
Pela lei do pertencimento, da ordem e da compensação, no sistema, somos influenciados por ressonâncias do passado, acessadas pelo campo morfogenético.
Esse que constitui o legado de memórias que passa de uma geração à outra, incluindo o corpo de dor que nos habita, como energia de sofrimento acumulado, de origem individual e coletiva, configurado pelo eu e ampliado por um nós.
O corpo manifesta o estado do ser.
O que acontece com o corpo é provocado pela ação da consciência.
As funções harmônicas entre consciência e o corpo criam o estado de saúde.
Um sintoma é um aviso sobre alguma perturbação que impede a continuidade dessa harmonia.
É uma mensagem a ser acolhida pela necessidade de mudanças para a volta do equilíbrio.
Se isso não ocorre, temos a doença, a alteração e a deterioração biológica.
A biologia da consciência é estudada de modo aprofundado por Antônio Damásio, no livro O mistério da consciência do corpo e das emoções ao conhecimento de si, com registros que também sustentam a relação íntima entre corpo e consciência.
Os conflitos vividos geram sentimentos e reações que alteram o estado de equilíbrio corporal.
Os sintomas têm significados e conhecer onde se situam as causas e como retornar ao estado de harmonia são nossos desafios.
Os exemplos encontrados no livro A Doença como Caminho fundamentam as interpretações sobre as mensagens simbólicas que revestem os órgãos humanos em disfunção.
O que adoece pede a restauração das perdas e exclusões no sistema da vida, clama pelo milagre, esse entendido como ação admirável, que assombra, pois traz a cura.
O livro de Olinda Guedes, Além do Aparente, explica o processo de cura, como movimento de incluir, equilibrar o dar e o receber, ordenar.
Esse é um direcionamento que só se alcança de modo consciente, pela conversão, através do extraordinário, da mudança de rumo, da disposição verdadeira de uma nova atitude, com escolhas assumidas diante do aqui e do agora da vida.
Gratidão, compaixão e amor do coração em presença sinalizam o caminho da cura.