Dentro de meu sistema existem muitos sintomas, tanto em minha linha de geração quanto na linha anterior.
Temos presentes desde problemas mentais a câncer ,e isso em apenas um lado da família.
O outro consiste em doenças cardíacas e questões de fertilidade.
Para não estender meu campo de ação, hoje destaco o que mais me chama a atenção e também aquele que eu trago comigo ou trazia de alguma forma:
SOP (Síndrome do Ovário Policístico) – Descobri este há uns dois anos atrás, mas já apresentava questões com meu trato reprodutor antes dos 20 anos. Minha questão em aceitar meu feminino costumava ser muito dolorida e frustrante. Lembro-me de entrar em crise quando minha menstruação vinha em situações que não era bem-vinda. Subjugava meu feminino com intensa raiva e, mesmo gostando de ser e estar mulher nessa vida, os eventos mensais me colocavam em desalinho.
Ao pesquisar sobre a sua dinâmica me deparei com as seguintes informações:
“Mulheres que tem medo de colocar suas ideias no mundo. Potencial de criação frágil, sem autoconfiança. Podem sentir dificuldade em pedir ajuda, pois acreditam que seus problemas não são importantes o suficiente. Pode ser que seus pais não tiveram a oportunidade do sucesso ou não foram reconhecidos, e a pessoa pode sentir culpa ou medo de ter sucesso.”
Rüdiger Dahlke diz em “A Doença como Símbolo” que para a remissão é necessária a reconciliação com o papel da fertilidade em sua própria vida.
Venho de uma linhagem onde ambas avós tiveram muitos filhos e abriram mão de suas vidas para a criação dos mesmos, não tendo oportunidades de sucesso e crescimento.
Uma tia, filha de minha avó paterna, possuiu de forma intensos distúrbios hormonais devido a SOP durante sua vida e uma vida sem criatividade, crescimento e sucesso.
E eu Natália, sempre fui muito comparada com esta tia, desde manias a aspectos físicos… creio que vai um pouco mais além pelo visto.
Escrevendo este texto percebo o quanto coloquei meu feminino para o lado e o quanto já melhorei em mim, mas ainda preciso olhar mais.
Destaco também o VÍCIO, por ser um sintoma recorrente em meus primos pelo lado materno. De 15, 9 utilizaram ou utilizam alguma substância psicotrópica.
Segundo pesquisas, o vício pode ser a busca pelo pai excluído no seu sistema. Também pode haver uma dinâmica de inclusão de algum homem importante na família que morreu ou ainda o desejo de seguir alguém na morte.
Fazendo uma breve análise, todos estes nove possuem um vínculo com o masculino danificado, ou com morte ou exclusão de um masculino de referência na família.
Ainda que existam muitos sintomas a seres observados na minha família, estes são os que mais me chama a atenção, a SOP por ser algo vinculado tão diretamente a mim e os VÍCIOS por me colocarem em frente ao masculino excluído devido ao meu avô materno ter se suicidado e até hoje este fato tocar algo em mim que eu ainda não identifiquei.
Sou grata pela oportunidade de me olhar nesta atividade e grata a Olinda por aguçar minha vontade de me especializar cada vez mais neste tema.