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PRODUÇÃO TEXTUAL - MÓDULO 4

PRODUÇÃO TEXTUAL - MÓDULO 4
Mônica Fioravanti Venturato
out. 24 - 5 min de leitura
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Levarei para sempre comigo esse tema que é de suma importância para mim. Nesse módulo eu percebi com mais clareza, a forma como meu sistema lida com as doenças. Há sempre muito medo e preocupação quando surge um sintoma.

Medo de doenças graves, medo de não ter dinheiro para ir ao médico, medo de ter que ir para o hospital, medo de morrer numa fila sem ser atendido, socorrido.

Eu cresci vendo minha mãe com medo, reclamando de alguma dor e preocupada com doenças. É assim até hoje. Ela é uma mulher simplesmente maravilhosa (conseguir ver isso nas Constelações) e durante muitos anos, eu achava que iria salvá-la e ao meu pai que sofreu com problemas de saúde também. Ele nunca reclamou. Faleceu há sete anos atrás e seus últimos 47 dias de vida foi no hospital, onde eu nunca havia presenciado tanto sofrimento nessa vida. Foi muito bem cuidado, assistido e tanto os médicos como enfermeiros simplesmente adoravam aquele senhorzinho de olhinhos azuis que não reclamava de nada, absolutamente nada. 

Fui tocada profundamente pela forma que a professora Olinda fala sobre milagres e que os  sintomas e sofrimentos não são castigos e sim efeitos das nossas atitudes ao longo da vida. A cura,  a verdadeira transformação se dá quando paramos, olhamos e acolhemos o sintoma.

Desde criança, tive problemas nos rins. Minha mãe fala que eu nasci com alguma doença nos rins, ela não lembra o nome e o médico disse que eu jamais poderia ter filhos. Tive cistite e infecção urinária por toda vida e muitas idas ao pronto socorro com cólicas renais.   Há cinco anos atrás tive as piores crises e em uma semana fui três vezes ao hospital.  Eu estava com um cálculo renal de 9 milímetros e meio. Resumindo, tinha que fazer cirurgia.

Não poderia ser a lazer e nem por aquele aparelho que "quebra” as pedras, pois esse cálculo localizava numa curva no canal da uretra, num canto. Seria uma intervenção que introduziriam uma cânulo para a retirada. 

Fiz tudo o que precisava ser feito, mecanicistamente, digamos assim. Fiz todo o processo, meio demorado (pois não era particular) e meu nome já  estava na fila do hospital. Pois bem. Comecei a conversar com meus rins, com a uretra, com a dor e com o cálculo. Todas as noites, eu fazia esse trabalho.

E foi com calma, com humildade, sem sentir raiva daquele cálculo “intruso” que me “obrigou” a dar uma parada na minha vida. Naquelas conversas, descobri mágoas e mais mágoas, um marido infiel, medos e muita insegurança.

Tive também vários problemas na área vaginal. E eu entreguei, eu confiei. Eu falava com meu Pai e Jesus que se eu merecesse o milagre, que aconteceria. E que se eu precisasse passar por essa cirurgia, que eu aceitasse do fundo do coração. E assim continuei minhas conversas, o acolhimento. Isso durou dois meses e pouco. Orações de perdão, infinitas, todas as noites.

Muito choro, muito arrependimento por não ter me amado ,me cuidado.  E o relacionamento comigo  era precário. Uma gratidão e uma paz começava a tomar conta do meu coração. Na sexta-feira, a atendente do hospital me ligou avisando para ficar de prontidão, pois eu era a segunda da fila. Intensifiquei minhas orações a todas as pessoas que sofriam com doença nos rins, aos profissionais daquele hospital e aos que iriam tocar no meu corpo.

Abençoei e agradeci cada um. Eu sentia de verdade, que acontecesse o que for, eu iria ficar bem. Três dias depois, eu acordei de manhã bem emotiva. Eu chorava, uma emoção me tomava conta. Foi uma noite diferente. Forcei a mente para lembrar de algum sonho.

Eu só queria ver Jesus. Liguei o computador e coloquei imagens dele. E chorava, copiosamente. Então eu disse: ô meu Pai, eu estou achando que o Senhor me deu o que te pedi, perdoe-me se duvido. 

Então, naquele momento, vi uma grande mão tirando o cálculo, uma mão tão linda! Sim, eu tive o meu milagre naquela madrugada, enquanto eu dormia. Fiz outro exame e não havia nem sinal do cálculo.

É isso que a Olinda nos fala neste módulo, e através dele tenho olhado também para os sofrimentos dos meus antepassados que não foi resolvido, pois não herdamos só a cor do nosso cabelo, da nossa pele. Herdamos também as emoções e aquilo que ficou em aberto. Precisamos completar isso para eles. 

Após esse fato, a forma como passei a atender meus clientes mudou incrivelmente. É bem verdade mesmo como a mestra diz que, cliente nenhum vai além do ponto que o terapeuta chegou. E o que faz curar e o que faz adoecer são os relacionamentos.

Gratidão!

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