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PROFISSÕES

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Talita M. M. Yokoyama
out. 29 - 6 min de leitura
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Profissões - Contelações de currículo 

Desde muito pequena estava disposta a servir, gostava de ajudar pessoas, de fazê-las sentirem-se melhor e felizes.

Minha primeira profissão foi vendas, vendia bijuterias e gostava muito, as escolhia pessoalmente uma a uma, um pouco depois passei a vender lingerie e ajudava meus pais em uma malharia, cheguei até me arriscar a costurar algumas pecas para mim e para minhas primas.

Aos 14 anos tive meu primeiro trabalho formal, era secretária em um jornal pequeno, fazia café, fazia pagamentos e entregas, lembro-me do meu primeiro salário, oitenta reais, e ainda conseguia ajudar meu pai com o valor que recebia.

Logo consegui um trabalho em período integral e passei a estudar de noite, trabalhei na cantina de uma escola, gostava de trabalhar lá, gostava de atender as crianças e perceber como cada uma era, o que elas gostavam e como gostavam de serem vistas.

Alguns anos se passaram e comecei a trabalhar em uma papelaria. Iniciei como secretária, participava de licitações, montava processos, mas a parte que mais me encantava era trabalhar com os livros e os brinquedos pedagógicos.

Carregávamos uma caminhonete com uma grande variedade de brinquedos, um mostruário bem farto, e o que não podíamos levar em mãos levávamos em catálogos de diversas marcas e modelos, como gostava de trabalhar com estes materiais, eu era encantada por estes produtos se pudesse teria um de cada para mim.

Quando fazíamos exposição a minha paixão era tamanha que alcançava os diretores, coordenadores, professores, realmente eu queria que eles tivessem aquele material para poder oferecer as crianças tudo o que tínhamos, buscava as melhores condições, forma de pagamento para que pudessem adquirir a maior quantidade e diversidade de produtos.

Com os proprietários aprendi muito sobre organização, atendimento personalizado, não tínhamos pressa para finalizar um atendimento mas priorizávamos a qualidade do atendimento.

Há 21 anos aprendi a fazer o atendimento sistêmico mesmo sem conhecer este termo, como é lindo receber pessoas desta forma, olhar e realmente ver cada um. Servíamos o chá preferido, buscávamos a chipa que aquela senhora gostava, ou o biscoitinho de nata, levávamos o docinho caseiro para aquela professora que quando nos visitou experimentou e gostou, e assim seguíamos nosso atendimento e nossa clientela e venda sempre aumentando, tanto que já não dávamos conta do serviço.

Alguns anos depois passei em um concurso publico de copeira, trabalharia por muito menos tempo e ganharia muito mais, faria limpeza e serviria café então resolvi assumir o cargo.

Neste tempo fiz muito crochê para vender, sempre gostei de crochê então fazia roupas, tapetes, mantas, roupinhas para bebes, de todas as formas e gostava bastante quando encontrava alguns desafios, quando precisava criar algo novo ou algo que falava um pouco da personalidade de meu cliente.

Ali vi muita coisa linda e outras nem tanto, o que me marcou e me lembro bem é que eu sempre tentava escutar e na medida do possível até encaminhar alguém para algumas soluções.

Muitas vezes recebíamos pessoas que tinham suas penas reduzidas por prestar serviço, eu os olhava com bons olhos, quando conversavam mais comigo e pediam minha opinião procurava dar conselhos, outras vezes me contavam suas histórias de vida e os caminhos que os levaram até ali e eu muitas vezes falava palavras um pouco duras que minhas colegas tinham medo, eles me ouviam, refletiam e diversas vezes voltavam para me agradecer por ter sido sincera e tê-los feito refletir, por ter despertado a vontade de mudar.

Aqui na Formação Real vi que o que eu fazia era fazê-los pertencer, serem vistos, assim como Olinda conta sobre o princípio das constelações onde Bert Hellinger descreve “Eu te vejo, eu te percebo.”

Tive também a experiência de trabalhar no Japão por quase 4 anos, um lugar maravilhosos que sou apaixonada por sua cultura, educação, por receberem todos como iguais, todos tem os mesmos direitos e também deveres.

Destaquei-me pela minha maneira de trabalhar, de perceber as habilidades e também as limitações de cada um dos meus colegas na linha de produção, mas não fui promovida, pois tinha “pânico” de falar para muitas pessoas, então não pude, apesar de ter capacidade para organizar e de perceber onde cada um tinham dificuldades e precisava trabalhar de uma forma diferente  ou onde suas habilidades seriam melhor aproveitadas.

Hoje trabalho com meu esposo, temos uma empresa de impressões de projetos voltada para engenharia/arquitetura e fotografia em grande formato. Tenho a mesma maneira de atender, olhar, acolher e compreender cada um como é, acredito ser algo que faz parte de mim.

Estou em processo de mudança desde 2018, buscando ser uma pessoa melhor, buscando conhecimento para viver de uma forma mais leve e trazer este novo estilo de vida para dentro de minha casa, meus filhos e assim temos conseguido grandes conquistas através do autoconhecimento e da constelação sistêmica.

Futuramente pretendo ser terapeuta, fazer deste meu olhar o meu trabalho diário, colocar meu sonho dos 13 anos de idade em prática e com isso ter não somente a vontade de ajudar, mas estar capacitada, ter segurança em minhas falas e minhas orientações e ser esta a minha profissão e minha alegria.

#mod05

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