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"QUAL CONTO DE FADA VOCÊ MAIS GOSTA? CINDERELA - EU CONTO E RECONTO"

"QUAL CONTO DE FADA VOCÊ MAIS GOSTA? CINDERELA - EU CONTO E RECONTO"
Franciene Barbosa de Andrade
jun. 25 - 7 min de leitura
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CONTO:

Era uma vez uma garotinha chamada Cinderela. Ainda muito pequenina, perdera a mãe, e seu pai se casou com uma viúva, que tinha duas filhas. O pai viajava muito e não sabia das malvadezas que eram praticadas contra a sua filha. Em uma noite fria, ele faleceu, deixando a casa ainda mais amarga e triste...

Cinderela passou a viver em um pequeno quarto no porão e executava todos os serviços domésticos. No entanto, o mais difícil era suportar o desdém a todas as suas ideias e atitudes. Cinderela, desejando ser feliz, fizera amizade com bichinhos do sítio. Trocava segredos e contava sobre os sonhos de encontrar um verdadeiro amor. Em um certo dia, o príncipe Luís resolveu fazer um baile, a fim de conhecer uma linda moça para se casar. A notícia se espalhou rapidamente por todo o reino e foi recebida com grande alegria. A madrasta, entretanto, proibiu Cinderela de ir à festa, alegando que a jovem não tinha trajes adequados para a ocasião.

No dia da festa, aflita por não saber como iria, Cinderela sentiu uma brisa mágica, e um sussurro disse-lhe que tudo daria certo. Era só acreditar! Então, a Fada Madrinha surgiu, meio atrapalhada, e ordenou:

— Abóbora, transforme-se na mais elegante carruagem! Ratinhos, tornem-se graciosos alazões! Chinelos de madeira, vocês serão os mais lindos sapatinhos de cristal! A fada, agora mais séria, avisou a donzela:

— Fique atenta ao horário! À meia-noite, o encanto se quebrará. Assim, deslumbrante, Cinderela desceu as escadas do castelo e dançou com o príncipe durante toda a noite. Não havia casal mais harmonioso.

De repente, Cinderela olhou para o relógio e teve de deixar para trás o seu sonho. Saiu correndo, perdendo um sapatinho de cristal. O príncipe ficou triste e, desejando o reencontro, decretou que os soldados vasculhassem todas as casas do vilarejo em busca da dona do lindo sapato. Dias se passaram, até que o príncipe Luís encontrou uma bonita casa rodeada de flores e passarinhos. Ao entrar, as duas irmãs brigaram pelo sapatinho, que não cabia em seus pés. E Cinderela, presa em seu quarto, apenas chorava.

O príncipe, suspeitando que a sua alegria estivesse próxima, perguntou se não havia outra moça na casa. Como a resposta foi negativa, ele saiu, mas escutou um triste suspiro vindo do porão. Imediatamente, exigiu que aquela senhorita também experimentasse o sapatinho.

Quando Cinderela calçou o sapato de cristal, o príncipe Luís reconheceu a jovem com quem havia dançado naquele inesquecível baile. Então, eles se casaram e foram felizes para sempre.

RECONTO:

Era uma vez uma menina pequenina que com 1 ano e 5 meses perdera parte do colinho de sua mamãe e das suas mamadas, com o nascimento de outra menininha, a caçulinha predileta da família de cabelos lisos. Papai era caminhoneiro e viajava muito, com isso não podia suprir a necessidade de colinho que só mamãe e papai sabe dar.

O tempo passou e aos 6 anos perdeu seu pai em um acidente de carro, ele estava trabalhando com cargas pesadas. Assim, a casa ficou triste e a falta de colinho aumentou. Alguns anos depois a menininha agora crescida sonhava com uma casa bonita, roupas chiques e queria se dedicar aos estudos para poder alcançar seus sonhos.

Sua mamãe como uma boa dona de casa, a colocava para aprender os serviços doméstico de limpeza, enquanto que seu interesse maior era organizar os espaços para uma melhor apresentação do ambiente, mas isso não era tão valorizado, pois o que era pra ser feito era a limpeza e isso a caçulinha fazia muito bem e era muito elogiada.

Ao se tornar uma mulher seus sonhos de conquistas aumentaram ao mesmo tempo que foram se misturando com as cenas de novelas românticas e filmes românticos, isto é, veio a necessidade de “encontrar um amor” um príncipe encantado que a trataria como uma princesa e a levaria para morar em um castelo encantado com tudo lindo e organizado, já que ela perdera seu reino no seio familiar tão cedo e de forma tão abrupta e que seu desejo por um lugar organizado e bonito não era considerado.

As inseguranças, os desamores, os medos acumulados no curso da vida, e, consequentemente, a insatisfação com o seu corpo, espinhas, estrias... a fizeram desacreditar que poderia encontra um príncipe encantado e, com isso, boicotava seus relacionamentos, estas são a “bruxa má” que ainda não foi totalmente vencida.

Portanto, a parte em que Cinderela recebe os poderes mágicos da fada, se transforma em uma bela princesa, encontra seu príncipe e este tem seus olhos voltados somente pra ela, se casa e vive em um lindo castelo, é a parte de desejo eterno da menininha/mulher. O amor desde sempre pelas histórias da cinderela, o incansável acompanhamento dessas histórias, contadas em várias versões, é o perseguir de um sonho que começa lá na menininha e persiste na mulher que hoje é casada e tem dois filhos, MENINOS.

Apesar de já ter descido algumas escadas de castelos e ter dançado brilhantemente, e, nessas danças da vida ter encontrado um amor, ainda sonha com um final feliz e ilusório como o da cinderela, pois a menininha ainda clama.

Ainda chora presa em seu mundinho encantado de que o seu marido ouvirá o seu suspiro, a reconhecera uma princesa e se voltará completamente para ela, a amara todos os dias intensamente e um dia a levará para um castelo lindo e organizado, assim como o príncipe de Cinderela.

Assim, só assim, viverão felizes para sempre com seus filhos.

Apesar do sonho encantado ainda fazer parte, eu acolho, muitos passos já foram dados com o conhecimento das constelações familiares, da pedagogia sistêmica...

A não validação já está sendo trabalhada; o meu lugar no colo de mamãe e do papai já está sendo resgatado e preenchido; o equilíbrio entre o dar amor e receber amor com meu marido já está sendo restabelecido; a beleza do meu feminino já está sendo acarinhada e reconhecida; os meus sonhos com o que é belo e organizado já está sendo permitido e conquistado com as minhas ações e não postos a espera de um príncipe e de uma utopia.

Eu olho pra frente... eu posso... eu vou!

GRATIDÃO!

#MÓDULO 6 - Aula 6.6 Contos de Fadas e Histórias Infantis

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