“O pinguim mais branco é uma fêmea idosa cujo companheiro morreu este ano. O mais escuro é um pinguim mais jovem que perdeu sua companheira há dois anos.
Os biólogos os seguem quando se encontram todas as noites para se consolarem. Eles passam horas juntos olhando para as luzes.
O fotógrafo Tobias Baumgaertner capturou esta imagem de dois pinguins viúvos olhando para o horizonte de Melbourne. Ele ganhou um prêmio no 2020 Ocean Photography Awards da revista Oceanographic.”
Vi essas fotos na internet e fiquei pensando que muitas vezes a dor atua como forma de união nos sistemas familiares. Através da dor, conseguimos nos conectar com o outro, sentir com o outro e então reequilibrar o sistema familiar.
Já presenciei casos em que só através da dor da morte, os irmãos que não se falavam e não tinham vínculo, se uniram e se reconciliaram.
As vezes o único movimento possível é relacionado a dor. Faz parte. Tudo faz parte.
A dor existe para nos lembrarmos que somos pequenos perante a vida, que ela é soberana e precisamos ter humildade quando estamos diante dela.
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