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QUANDO O CÉREBRO NAUFRAGA

QUANDO O CÉREBRO NAUFRAGA
Alessandra Teodoro Azevedo
set. 12 - 3 min de leitura
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O filme Náufrago nos mostra exatamente a fragilidade do ser humano, a criatividade da mente humana e o desespero pode nos causar. 

Não foi à toa que Deus fez uma parceira para Adão, ou melhor, duas, quando a primeira o abandonou, Deus criou outra para ocupar seu lugar e não deixando assim Adão só no belíssimo paraíso que acabara de ser formado.

No filme o autor principal, em uma viagem a trabalho, sofre um acidente aéreo, onde não há mais nenhum sobrevivente, e acorda em uma ilha totalmente isolada do resto mundo na imensidão do oceano. 

As equipes de buscas não o encontram e ele permanece ali, abandonado, por 4 anos. Nesse período, o personagem começa a lutar por sua sobrevivência, vencendo seus limites a cada minuto vivo naquele local. 

Um dia, fazendo um curativo em um dos seus diversos machucados, pois ele se machucava a todo instante, ele pegou uma bola de vôlei, com a mão toda ensanguentada e a marca de sangue que ficou na bola, o fez enxergar o rosto de uma pessoa. Ele fez os retoques finais, desenhando a boca e limpando um pouco de sangue em excesso em algum outro lugar e pronto, começava ali uma grande amizade.

A solidão, o abandono, o desespero de talvez nunca mais sair daquela ilha e voltar para a sua vida real, levou o personagem a loucura. Seu cérebro começou a enxergar em uma bola de vôlei, um amigo, um companheiro de jornada, que também estava ali perdido como ele, tentando sair ou ser resgatado a qualquer momento daquela ilha do meio da imensidão do oceano. 

Daquele momento em diante, todo os lugares que o personagem vai na ilha, ele leva o novo “amigo”, em sua imaginação eles conversam, trocam ideias, discutem opiniões, conversam sobre o que aconteceu no dia, sobre o que estão sentindo e tudo mais que uma dupla de amigos poderiam conversar. 

Após 4 anos ali, finalmente em umas das tentativas de sair da ilha eles conseguem,  lutam contra as enormes ondas, a “canoa” que foi construída é praticamente destruída e o “Wilson” o amigo imaginário, a bola de vôlei, se solta da amarração que estava para acompanhar a aventura de volta ao continente.

O personagem só percebe que a bola se soltou, quando já estava longe o suficiente para não conseguir mais resgatá-lo.

Ali podemos ver nitidamente o grau da loucura que a mente humana pode chegar, pois ele entra em desespero por não “conseguir resgatar o amigo”. 

Concluo que a mente humana é também fantástica porque sem a criação desse amigo imaginário o personagem da história não sobreviveria sozinho em uma ilha deserta por tanto tempo, pois não fomos feitos para viver em solidão.

As pessoas que vivem solidão, são as pessoas que se tornam ranzinzas, mau humoradas ou vivem uma doença mesmo que é a depressão ou acabam chegando ao extremo com o suicidio, por tamanha dor e incompreensão de não conseguir viver só. 
 

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