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QUANTO MAIOR AFEIÇÃO, MAIOR SEMELHANÇA

QUANTO MAIOR AFEIÇÃO, MAIOR SEMELHANÇA
Mariana A. C. Pinheiro
set. 12 - 4 min de leitura
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Durante esse módulo 07, inicio com a frase de Elisabeth Kübler-Ross, citada pela mestra Olinda, onde fala:

“ Essa vida mais parece uma britadeira, ou saímos polidos ou lapidados”.

E o conteúdo dele trouxe muitas reflexões acerca do tema das Noites Escuras em nossas vidas.

Os momentos em que pensamos serem maiores que nossas forças.

Momentos em que a confiança e se colocar com humildade em direção na força Divina é o que nos sustenta a existência.

 “Não fujas dos sofrimentos, porque neles está a tua saúde.” (São João da Cruz)

E aqueles em nossos sistemas que apresentam sintomas graves de saúde, sejam elas físicas ou mentais, são os que estão em entrega por amor para que a cura seja operada. 

Situações que são adiadas e começam como pequenos atrapalhos, evoluem para incômodos rotineiros, dores e doenças crônicas e seguem ainda ignorados em suas raízes até tornarem-se tão grandes que alguém em profunda conexão e amor aos que vieram antes apresentam problemas graves de saúde.

E oportunizam o movimento da entrega, do amor sublime, do cuidado e o caminho na busca pela superação e conquista da saúde que também liberta.

Sintomas como problemas graves de ordem física ou mental, pedem o empenho do sistema para caminhar em direção a solução, porque a pessoa não consegue sozinha.

E a terapia sistêmica é a ponte que pode fazer a ligação dessa fragilidade até a conquista da saúde.  

As noites escuras são grandes oportunidades de transmutação, são os momentos em que a alma atravessa desertos.

E as memórias transgeracionais podem surgir como alerta ao que precisa ainda ser visto e reconhecido.

E alguns acabam excluídos e o sofrimento amplia.

 

Existem perguntas que buscam acessar o contexto maior, buscar a origem onde podem ter iniciado essa realidade.

O conhecimento acalma nossa resposta reativa, porque ele tem o poder de ampliar nossa compreensão.

A experiência do trauma pode causar estacionamento no tempo e a pessoa revive esses ciclos e situações semelhantes, afloram esse registro na pessoa. 

A pesquisa sobre o passado do nosso sistema é um mapa que nos direciona para compreender o presente.

Foi trazido temas que ao meu sentir são delicados por carregarem muita dor e entrega por parte da pessoa como dislexia, autismo, as pessoas abandonadas em abrigos, problemas psiquiátricos.

Informações que despertam a empatia e a sensação de que ela requer ação. Atitude firme e não mais exclusão que somente traz mais dor.

E avançamos para o tema da afetividade e sexualidade. 

O sagrado que é a reprodução, porque é através dela que chegamos a esse mundo. E em relação à prática sexual qualquer excesso ou escassez apresentam falta de equilíbrio.

E esse tema nos sistemas trazem segredos, opressões, distorções da sua real função.

E o questionamento sobre: porque alguém precisa passar pelos processos de compulsão? Sofrer bullying? Ser depressivo, melancólico? A forma de vivenciar sua sexualidade ser motivo de julgamento gratuito?

É preciso que seja objeto de estudo dentro dos sistemas essas questões.

Compreender que ninguém suporta ficar sozinho no mundo e encontrar a forma equilibrada de se relacionar. Para que o resultado dessa interação seja positivo para ambos.

Sobre como compreendemos e agimos com a sensação de culpa.

Existe a boa e a má culpa.

A má culpa é aquela que não nos leva a lugar nenhum, não nos responsabilizamos sobre isso não causa  benefício; ela não nos torna lúcidos e sensatos. 

A boa culpa nos conduz a criar uma relação de respeito com essas pessoas, nos colocar no lugar do outro para melhorar e facilitar a vida; nos leva a criar essa condição.

E através da sistêmica podemos transformar a má culpa na boa culpa porque toma-se consciência.

E reconhecer que constelação se faz no nosso cotidiano, nas atitudes diárias.

E nossas formas de agir com gratidão, caridade e compaixão são  farol Divino que ilumina a nossa vida e a do outro também.

“O afeto e o apego da alma à criatura torna-a semelhante a essa mesma criatura. Quanto maior a afeição, maior a identidade e semelhança, porque é próprio do amor tornar aquele que ama semelhante ao amado.” 

(Frase de São João da Cruz)

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