Antes de iniciar a aula do dia vinte e seis de abril de dois mil e vinte e um, me veio a palavra "mestre" em letras grandes e brilhantes na mente. Então, senti um misto de alegria e tristeza ao me reportar ao mundo acadêmico, cheio de suas regras limitantes, e abandonei a reflexão ao ouvir um "bom dia florido".
À medida que a aula avançava, vivenciava o carinho e a confiança que só uma pessoa iluminada pode transmitir com tanta liberdade, configurados em palavras e utilizando tecnologia de ponta sem perder a sensibilidade. Com esse olhar, vejo outras tantas mulheres, determinadas em prosseguir no caminho que escolheram, o caminho do amor.
E, em uma fração de segundos, percebo que a junção de vogais deslizam levando a caneta num desenho de amor e gratidão.
Identifico e apresento aqui o amor pelo manto de nossa senhora: sim, ela mesma, a mãe de Jesus Cristo. Ser mãe é ser mestra no verdadeiro sentido da palavra. É ensinar a criança a dar os primeiros passos, ensinar a transformar quedas em força, tristeza em alegria, confusão em discernimento.
Toda mãe tem uma palavra de conforto que, em segundos, retira o estado da dor e transforma em amor.
Ser mãe com maestria não é gerar em seu ventre uma vida, mas sim, acolher em seu coração a criança que traz a marca do abandono e o olhar de esperança.
Há quantos filhos sem mães?
Agora entrego e confio que podemos ser mães para filhos de outras mães. É o maior amor deixado como exemplo se concretizando.
Eu vivo todos os dias o milagre de ser mãe de uma menina que nasceu, para mim, com seis anos e e dez meses. Nasceu linda e eu me tornei mãe com 54 anos.
Acredite: quando você se torna mãe, você também se torna mestra ao ensinar o sentido do bem viver.