Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
Constelações SistêmicasVOLTAR

RELACIONAMENTOS E OS EMARANHADOS DO MEU SISTEMA FAMILIAR

RELACIONAMENTOS E OS EMARANHADOS DO MEU SISTEMA FAMILIAR
Daiana Cristina Lachowski
abr. 17 - 5 min de leitura
000

 

Esse foi um módulo desafiador para concluir e seguir em frente com o curso, precisei rever as aulas algumas vezes, parei com o curso e recentemente retomei e quase que mais uma vez paraliso com esse módulo. Relacionamentos, principalmente conjugais, e seus emaranhados sistêmicos estão bastante presentes no meu sistema familiar (tanto paterno, quanto materno).

Avôs paternos: Do lado paterno pouco sei da minha família, meu pai não comentava muito, assim como os meus avôs não comentavam nada com os filhos. Meu pai não gostava de falar sobre o relacionamento de seus pais, uma das únicas coisas que ele comentou com a minha mãe e que um dia me contou foi que, aos 7 anos de idade, ele viu minha avó traindo meu avô e que para ele aquilo tinha sido um choque.

Com certeza esse movimento, e talvez outros que houveram, causaram um sofrimento no meu pai; quando minha mãe estava na dieta do meu pós parto, meu pai a traiu e ela descobriu, meu pai também sempre foi rotulado como um homem “mulherengo” e “sem-vergonha”.

Avôs maternos: Quanto ao relacionamento dos meus avôs maternos sempre foi “tranquilo” e daqueles bem antigos, onde a mulher era submissa e o homem machista, mas se entendiam entre si; meus tios relatam que eles se amavam e se respeitavam. Nunca soube de casos de traição entre meus avôs maternos, porém, a geração dos meus tios (todos) tiveram desequilíbrios conjugais, a maioria traiu suas esposas, dentre essa maioria construíram outra família com a amante, os que não traíram foram traídos (como é o caso da minha mãe).

E esse problema passou da geração do meus tios para a minha geração (eu e meus primos), onde a maioria traiu também seus parceiros(as) e uma outra parte se envolveu com homens e mulheres casadas.

Então, a traição é um movimento muito forte e presente no meu sistema familiar.

Relacionamento dos meus pais: Como já mencionei acima meu pai traiu minha mãe na dieta pós-parto, o qual ela descobriu e no último dia da dieta teve uma recaída, pois pegou no flagra meu pai a traindo; ela conta que dali para frente o relacionamento dos dois nunca mais foi o mesmo, sempre brigas presentes, traição ela não soube de mais nenhuma, mas também não confiava.

Um relacionamento bastante conturbado, que acabou com o meu pai acreditando que minha mãe o traia (mas não era verdade de fato). Na cabeça dele criava historias, faltava do trabalho para seguir minha mãe e difamou ela para o bairro inteiro.

Com ela aprendi que guardar mágoa nunca leva a nada; mesmo com todas as calúnias e injúrias que meu pai fez contra a minha mãe, ela sempre o perdoou e compreendeu, pois ela sabia que a alma dele estava doente.

Faz dez anos que meu pai faleceu de câncer, seu falecimento aconteceu 6 meses após os dois se separarem. Quando se separaram ele não sabia que estava com câncer, a doença se manifestou 15 dias antes da sua morte, então foi um choque para nós, um homem saudável, trabalhador e em tão pouco tempo morrer por uma doença devastadora.

Acredito que todos os eventos de brigas, gritos, xingamentos entre meu pai e minha mãe me afetaram muito, até porque durante um tempo tomei as dores da minha mãe e fiquei contra o meu pai, o que, com sua morte, me fez carregar uma culpa gigante que levou a uma depressão, porém, foi essa depressão que me levou a curar muitas outras dores que estavam na minha alma. Tudo no fim tem o seu propósito.

Quanto as dores do sistema, também fiz parte dos movimentos. Meus primeiro e segundo relacionamentos foram com homens casados, até que fiquei 5 anos sem me relacionar com ninguém e engordei 30 quilos; associei o aumento de peso como uma forma de proteção, para não ser vista: se não fosse atraente o suficiente não iria mais “fazer errado”.

Meu terceiro e último relacionamento terminou há um mês e durou 4 meses; nesse caso ele era solteiro, mas, com dependência química que vim a descobrir 2 meses após o nosso relacionamento. Sua escolha foi em não procurar ajuda para mudar e a minha escolha foi em deixa-lo.

Sinto que essa decisão me empoderou de saber dizer não para as coisas que não estão alinhadas com os princípios da minha alma.

Participe do grupo Constelações Sistêmicas e receba novidades todas as semanas.


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você


    Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica

    Verifique as políticas de Privacidade e Termos de uso

    A Squid é uma empresa LWSA.
    Todos os direitos reservados.